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Governo abre inquérito e manda recolher 80 viaturas dos bombeiros após acidente em Odemira

07 jan, 2025 - 18:43 • Marisa Gonçalves , com Ricardo Vieira

Ministério da Administração Interna ordena abertura de inquérito urgente. O presidente da Liga dos Bombeiros concorda com a decisão da ministra Margarida Blasco.

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O Ministério da Administração Interna mandou recolher 80 viaturas dos bombeiros após o acidente com um camião da corporação de Odemira, que provocou um morto e quatro feridos.

O gabinete da ministra Margarida Blasco anuncia, em comunicado, a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção Geral da Administração Interna.

O objetivo é "apurar todos os elementos do processo de homologação, certificação, legalização e registo daquele veículo, bem como dos veículos constantes do contrato CPV 056/01/2023.A, em que se incluía o veículo acidentado, e que integram o lote de veículos cedidos pela ANEPC, em regime de comodato, a várias associações de bombeiros".

As viaturas do mesmo lote do camião acidentado dos Bombeiros de Odemira têm, assim, ordem para serem retiradas de circulação e recolher aos quartéis.

O presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal (LBP), António Nunes, concorda com a decisão da ministra Margarida Blasco.

"Eu diria que era quase inevitável que esta orientação do Ministério da Administração Interna ocorresse, face a algum alarme nas redes sociais, mas também no seio dos próprios bombeiros que pudessem duvidar que estavam garantidas as condições de segurança dessas viaturas", afirma António Nunes, em declarações à Renascença.

A Inspeção dos Serviços de Emergência e Proteção Civil abriu um inquérito ao acidente de viação com o veículo de combate a incêndios dos Bombeiros de Odemira, no distrito de Beja.

O presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal defende a participação de "peritos independentes" no inquérito, "para que não restem quaisquer dúvidas sobre os resultados".

"A Inspeção de Proteção Civil é um organismo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que é a proprietária das viaturas e foi quem lançou os cadernos de encargo e quem fez a receção das viaturas. Impõem-se aqui que haja entidades independentes que possam chegar a uma conclusão sobre qual é o passo seguinte: se as viaturas estão bem ou se precisam de uma intervenção adicional para as tornar mais seguras", defende António Nunes.

[notícia atualizada às 20h49]

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  • João Silva
    07 jan, 2025 Pedroso 19:33
    É pena que os bombeiros percam toda a credibilidade com estas questões. Sempre que a um capotamento o problema e dos pneus. Eles não iam prestar socorro a ninguém, vinham de um incendio, já não tinham necessidade de correr riscos. Regressavam de um incendio. O que me parece é que não existe formação adequada para quem conduz este ipo de veículos com e sem agua

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