16 jan, 2025 - 14:09 • Jaime Dantas
Rui Moreira apelou, esta quinta-feira, ao Governo para que faça chegar os 100 agentes prometidos à Câmara Municipal do Porto pelo anterior Executivo, liderado por António Costa.
Durante o anúncio do reforço do policiamento de trânsito na cidade, o autarca frisou que, do lado do município, o trabalho na área da segurança tem sido feito, mas o reforço de meios humanos é da responsabilidade do executivo. A formação de polícias é difícil, admitiu o autarca, e foi por esse motivo que propôs ao Governo a criação de uma escola para esse efeito no norte do país. No entanto, "não houve resposta".
Enquanto não tem notícias do gabinete de Margarida Blasco, disse, prosseguem os investimentos por parte da autarquia. E a principal novidade é um novo sistema automático de fiscalização rodoviária, cujo investimento ficou na ordem dos 500 mil euros.
O comandante Leitão da Silva, da Polícia Municipal do Porto, explicou que este novo sistema consiste num "carro-patrulha que tem duas câmaras que identificam matrículas dos carros que estão estacionados irregularmente para que o polícia faça a validação e atribuição da contraordenação".
Para Moreira, é preciso ainda "rever o quadro sancionatório" que diz ser "incompreensível".
"Quem hoje não valida o passe no metro ou excede a área da validação paga 120 euros, mas quem estaciona um carro em cima do passeio, colocando em risco a circulação e a segurança pedonal, paga apenas 30 euros", exemplifica.
Os investimentos da autarquia na segurança rodoviária ascendem os 555 mil euros, mas ainda assim, foram quase 40 mil as contraordenações registadas no último ano. Em 2025, serão admitidos 31 novos fiscais e reforçada a frota com mais 24 viaturas.