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Trabalhadores não docentes de escolas de Sintra pedem mais recursos humanos

16 jan, 2025 - 10:15 • Lusa

"Neste momento, temos auxiliares a fazer trabalhos de enfermagem como algaliações, alimentações por sonda, a administrar injetáveis no caso da diabetes", explica João Santos, Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.

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Trabalhadores não docentes das mais de 100 escolas do concelho de Sintra, distrito de Lisboa, estão hoje em greve para exigir o reforço urgente de meios humanos e a adoção de medidas de proteção de saúde, disse fonte sindical.

Além do dia de greve, os trabalhadores não docentes (assistentes técnicos e assistentes operacionais) e de todas as carreiras gerais ou especiais em funções nas escolas do concelho vão concentrar-se hoje de manhã frente à Câmara de Sintra, seguindo-se uma manifestação pelas ruas da vila e a deslocação para o Departamento de Recursos Humanos do município.

"Sabemos que a greve está a afetar algumas escolas, mas ainda não conseguimos fazer um balanço. Contudo, o principal objetivo não é a greve, mas sim a concentração. Os trabalhadores vão juntar-se junto à câmara por volta das 11h00 e depois seguimos em desfile, passaremos pela Divisão de Educação e terminamos frente aos Recursos Humanos", disse à Lusa João Santos, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.

O objetivo, segundo o representante, é a luta por uma escola mais inclusiva, que tenha um conjunto de profissionais diferenciados para acompanhar as crianças com necessidades educativas específicas.

"Os trabalhadores pedem que a Câmara de Sintra reforce o número de trabalhadores não docentes, contratando acima da portaria de rácios existente. Querem também que o Ministério da Educação altere essa portaria de rácios para permitir o reforço de meios e que sejam contratados profissionais de saúde", explicou.

João Santos destacou igualmente os atrasos em áreas como a saúde e segurança no trabalho, a qualificação de acidentes de serviço e os pedidos de mobilidade entre escolas.

"São situações inaceitáveis. Neste momento, temos auxiliares a fazer trabalhos de enfermagem como algaliações, alimentações por sonda, a administrar injetáveis no caso da diabetes. Estas práticas põem em risco os trabalhadores", disse.

No que diz respeito aos acidentes de trabalho, o município demora "imenso tempo para dar resposta, para ser qualificado como acidente de serviço", acumulando-se muitos casos. "Desde setembro que a câmara não tem agenda para se reunir com os sindicatos", contou.

João Santos disse ainda que "o Ministério da Educação empurra o problema para a câmara, que depois também não faz nada".

"Consideramos que a câmara deve assumir a sua responsabilidade e, face à recusa do Governo em fazer nova "portaria de rácios", contratar trabalhadores acima do número de trabalhadores definidos pela portaria que, como sabemos, não dá resposta às necessidades das escolas", indicou.

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