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​Agravam-se as condições para alunos com necessidades educativas especiais

21 jan, 2025 - 06:11 • Fátima Casanova

A Fenprof fez um levantamento sobre a realidade da educação especial nas escolas e conclui que “está posta em causa a inclusão destes alunos com necessidades educativas específicas”. Faltam recursos humanos e há escolas que são obrigadas a decidir que terapia o aluno pode receber.

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As condições de aprendizagem para os alunos com necessidades educativas especiais estão a agravar-se nas escolas. A denúncia é da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que fez um levantamento sobre a realidade da educação inclusiva nos estabelecimentos de ensino.

Para além das más condições de trabalho e do número elevado de alunos por turma, a coordenadora nacional da Educação Especial na Fenprof, Ana Simões, diz que a falta de recursos humanos está a “agravar-se de ano para ano”.

“Há falta de recursos humanos, há falta de docentes de educação especial, de assistentes operacionais e de técnicos especializados”, diz a dirigente à Renascença.

Ana Simões alerta ainda que “há ainda muitos alunos que, ainda hoje, não conseguem ter os apoios de que necessitam”, concluindo que “é mais um ano em que as condições para a aprendizagem destes alunos se agravam”.

Face à escassez de recursos humanos, Ana Simões denuncia que há “escolas que têm de decidir qual é o apoio que aquele aluno vai ter, porque ele precisa de terapia fala e precisa de terapia ocupacional, mas como não há possibilidade de prestar os dois apoios, a escola tem de decidir qual é que ele precisa mais”.

"Isto é brincar com a vida destas crianças e jovens”, diz a dirigente da Fenprof, sublinhando que “está posta em causa, sem dúvida nenhuma, a inclusão destes alunos com necessidades educativas específicas nas escolas”.

A Fenprof marcou para a manhã desta terça-feira, em Lisboa, uma conferência de imprensa para divulgar os resultados do levantamento que fez junto das escolas sobre a realidade da educação inclusiva nas escolas.

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