21 jan, 2025 - 10:09 • Hugo Monteiro , Jaime Dantas
O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Bernardo Gomes, considera "prioritário que o país refletita" sobre o "problema evidente da pobreza energética".
Numa reação a um relatório lançado esta terça-feira dando conta de que mais de metade da população de Lisboa não sente conforto térmico nas suas casas, Bernardo Gomes salienta, em declaraçõs à Renascença, o impacto deste dado na saúde das pessoas .
"Quando não estamos confortáveis dentro de casa, estamos a aumentar o stress do organismo e a propensão para patologia ", diz.
O clínico lembra que os portugueses são obrigados a adotar soluções temporárias, vestindo roupas mais quentes, "quando na verdade o problema base é o mau isolamento das casas".
"Este problema [da pobreza energética] existia antes da falta de acesso à habitação, mas durante muito tempo não foi posta em destaque", lamenta.
O representante dos médicos de saúde pública remata com um aviso: os custos para melhorar o conforto térmico das casas são menores do que o impacto da pobreza energética na saúde.