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Investigadores de Coimbra vão desenvolver terapias personalizadas para o autismo

28 jan, 2025 - 00:29 • Anabela Góis

O projeto tem um orçamento de 120 milhões de euros e é cofinanciado pela União Europeia e pela indústria.

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A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra integra um projeto europeu que visa o desenvolvimento de terapias personalizadas e eficazes para o autismo.

O projeto tem um orçamento de 120 milhões de euros e é cofinanciado pela União Europeia e pela indústria.

Pretende recolher informações genéticas de pessoas com perturbação do espectro do autismo, “porque são cada vez maiores as evidências que apontam para a necessidade de personalizar as abordagens clínicas”, explica Miguel Castelo-Branco, que lidera a equipa nacional de investigação.

O diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde diz que “uma das grandes dificuldades no tratamento do autismo é a neurodiversidade, que é o facto de as pessoas serem todas diferentes, e se queremos desenvolver terapias ou formas de reabilitação personalizadas temos de perceber o perfil de cada pessoa”.

Para enfrentar esse desafio, o European Autism GEnomics Registry está a criar uma plataforma com informações genéticas de participantes de vários países europeus, incluindo Portugal.

Para Miguel Castelo-Branco, para além de apoiar ensaios clínicos sobre o autismo e o desenvolvimento de terapias personalizadas, este projeto tem a grande mais-valia de inclui a participação da indústria, porque “durante muitos anos não houve interesse da parte da indústria farmacêutica no autismo”.

Podem participar no estudo pessoas com diagnóstico formal de autismo ou que se identificam com o diagnóstico, mas sem validação formal por um profissional de saúde.

A participação é realizada à distância e envolve o envio de uma amostra de saliva para análise genética e o preenchimento de questionários online relacionados com saúde física e mental, qualidade de vida e prioridades de investigação no autismo.

Os participantes podem inscrever-se até ao próximo mês de março de 2025 através do e-mail icnas@uc.pt.

O consórcio, liderado pelo King’s College London, reúne 13 equipas de investigação de oito países: Alemanha, Espanha, França, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia.

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