Homem que ameaçou matar Marcelo detido por fuga de informação nas secretas e na PJ

O homem condenado por ter ameaçado de morte Marcelo Rebelo de Sousa foi detido por acesso ilegal à base de dados da Segurança Social, tendo alegadamente recolhido dados de centenas de agentes dos serviços de informações, da Polícia Judiciária, da Autoridade Tributária e da Segurança Social.

Segundo avança a revista Sábado, os dados recolhidos coincidem com os encontrados no Palácio de São Bento, durante as buscas da Operação Influencer, a 7 de novembro de 2023.

Em causa está uma pen que se encontrava no cofre do escritório de Vítor Escária, arguido no processo e, na altura, chefe de gabinete do então primeiro-ministro, António Costa.

Marco de Aragão, o suspeito da fuga de informação, terá extraído informação sobre inspetores da Polícia Judiciária, agentes do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e dirigentes da Autoridade Tributária quando era inspetor superior estagiário da Segurança Social, durante o ano de 2019.

Na altura, enviou emails para as instituições a pedir "500 mil euros em notas de 20 e 50 não numeradas", ameaçando divulgar as identidades dos seus agentes.

Pouco mais de uma semana depois das buscas da Operação Influencer, a 16 de novembro de 2023, Marco Aragão foi condenado em tribunal a internamento compulsivo em unidade hospitalar, entre um mínimo de um mês e um máximo de três anos e quatro meses por crimes de coação agravada na forma tentada e detenção de arma proibida, e pela ameaça feita ao Presidente da República: enviou para Belém um envelope que continha uma bala.