30 jan, 2025 - 10:00 • João Cunha com Lusa
A Câmara de Loures aceitou o pedido do embaixador de São Tomé e Príncipe para prolongar até 28 de fevereiro a data-limite para os despejos, pedido que surgiu na sequência de reuniões realizadas na esta semana.
O embaixador já se reuniu também com os moradores, no sentido de se inteirar da situação e ajudar a encontrar soluções de habitação.
Em causa está a retirada de 99 pessoas que vivem em 15 casas autoconstruídas, em tijolo e contraplacado de madeira, e em nove habitações de um edifício instalado num terreno da freguesia de Santa Iria da Azóia.
Em comunicado, a autarquia refere que desde dezembro tem promovido acompanhamento das famílias, além de ter firmado com todos os agregados familiares Acordos de Intervenção Social para definir "ações conjuntas para a criação de condições que promovam, entre outras soluções, a capacidade de encontrar alternativa habitacional".
A autarquia de Loures adianta também que disponibilizou "o pagamento de uma renda e de uma caução", de forma a contribuir para a celebração de um contrato legal de arrendamento no mercado livre, mas que até agora, nenhuma família encontrou solução para beneficiar desse apoio.
Ainda de acordo com o município, também foi proposto alojamento temporário para as famílias mais vulneráveis, em articulação com o Instituto da Segurança Social, "não tendo esta alternativa sido aceite por nenhuma das famílias".
A retirada das habitações precárias e ilegais esteve prevista para o início de dezembro do ano passado, mas a Câmara de Loures já tinha estendido o prazo até final deste mês, antes do adiamento agora divulgado para 28 de fevereiro.