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FNAM promete novas greves caso não sejam retomadas as negociações com o Ministério da Saúde

01 fev, 2025 - 18:10 • Jaime Dantas

Durante a reunião do conselho nacional, no Porto, a Federação Nacional dos Médicos decidiu manter e "eventualmente reforçar" a greve ao trabalho extraordinário convocada até 31 de março.

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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reforçou este sábado a vontade de retomar negociações com o Ministério da Saúde e avisa o gabinete de Ana Paula Martins que, caso não receba a FNAM, serão "adotadas novas formas de luta".

Aos jornalistas, no final da reunião do conselho nacional da associação sindical, no Porto, a presidente Joana Bordalo e Sá admitiu que já foi dado um "primeiro passo", uma vez que "a Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) convocou entidades as Unidades Locais de Saúde e um elemento do Ministério da Saúde".

Recorde-se que FNAM decidiu ficar de fora do acordo negocial assinado entre sindicatos e Ministério da Saúde, assinado a 28 de novembro de 2023.

Ainda assim, a líder sindical avisa que "se tal não acontecer surgirão novas formas de luta".

"Mantemos a nossa greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários até 31 de março, que pode eventualmente vir a ser reforçada", disse.

FNAM rejeita afinidades partidárias e mostra-se preocupada com "ligações obscuras" no governo

A presidente da FNAM rejeitou ainda ter ligações a partidos políticos, reafirmando que o único objetivo é a "defesa dos direitos dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde".

Quanto à saída de seis elementos do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, afeto à FNAM, que alegaram um "recurso excessivo às greves" sem "vantagem negocial", Bordalo e Sá diz apenas que estas vêm de um "movimento que não tem tido nenhuma atividade sindical nos últimos anos".

Por outro lado, lamenta a alegada ligação de membros do Governo, como o primeiro-ministro, a ministra da Saúde e Eurico Castro Alves, líder do plano de emergência do SNS, a grupos afetos à Maçonaria, segundo uma investigação da TVI/CNN Portugal.

Estes "interesses obscuros" que têm "poder no ministério da Saúde", diz a sindicalista, podem pôr em causa a "manutenção de um Serviço Nacional público e Universal".

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  • Investigue-se
    02 fev, 2025 País 11:23
    FNAM autoexcluiu-se do acordo assinado entre o governo e os outros sindicatos. Agora, isolada, exige voltar e faz ameaças. Requisição civil para cima deles e investigar as ligações desta Joana Bordalo e Sá: ela não parece lutar pelos médicos mas sim contra o governo. E se assim é, é porque há uma agenda escondida. Trazer essa agenda para a Luz...

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