03 fev, 2025 - 17:30 • Ricardo Vieira
O Hospital Amadora-Sintra está a funcionar “muito abaixo dos limites de segurança clínica”, alertou esta segunda-feira a Ordem dos Médicos.
O bastonário Carlos Cortes defende, em comunicado, não ser adequado para a população manter uma urgência de cirurgia geral aberta ao exterior que não cumpra o recomendado, muito longe disso”.
O Amadora-Sintra, que serve uma população de mais de 500 mil pessoas, tem escalas de trabalho com um número de profissionais abaixo de “todas as recomendações técnicas”.
No fim de semana passado, “tinha uma escala com apenas 3 médicos, sendo 1 médico especialista e 2 médicos internos”, refere a Ordem dos Médicos. Os protocolos do serviço de urgência definem como 6, o número mínimo de médicos.
Ana Paula Martins prometeu tomar medidas em breve,(...)
“Uma realidade que põe em risco a segurança clínica, mas que, lamentavelmente, acontecerá na maioria dos dias de fevereiro”, alerta Carlos Cortes.
O bastonário fala num “preocupante descalabro com elevados índices de insegurança tanto para os doentes como para os médicos”.
Sem soluções à vista, Carlos Cortes apela à intervenção do Ministério da Saúde, para a reposição dos protocolos médicos definidos e “a garantia de que as diversas unidades de saúde prestam os adequados serviços médicos às populações”.
A ministra da Saúde considerou esta segunda-feira "inaceitável" haver tempos de espera de cerca de 17 horas nos serviços de urgência e prometeu tomar medidas em breve.
Ana Paula Martins garantiu que o balaço do plano de inverno "será feito quando o inverno terminar", precisando que "prognósticos só no fim do jogo".