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Ministra da Saúde. "17 horas à espera numa urgência é inaceitável"

03 fev, 2025 - 17:07 • Lusa

Ana Paula Martins prometeu tomar medidas em breve, olhando com preocupação para o excesso de mortalidade em janeiro.

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A ministra da Saúde considerou esta segunda-feira que "é inaceitável" haver tempos de espera de cerca de 17 horas nos serviços de urgência e prometeu tomar medidas em breve, olhando com preocupação para o excesso de mortalidade em janeiro.

"Nunca deixei de dizer que Lisboa e Vale do Tejo e a Península de Setúbal, sobretudo no que tem a ver com a obstetrícia, é um enorme problema. Não nasceu ontem, não nasceu há três meses, nem há quatro, nem há cinco, nem há 10. Já existia e, naturalmente, que tem de ser resolvido", salientou Ana Paula Martins.

Falando aos jornalistas depois de ter acompanhado a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, na apresentação de projetos de Inteligência Artificial na Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria, em Lisboa, a governante reconheceu que, apesar de estarem abertas 164 urgências, é "preciso fazer um caminho".

"Quinze horas, 16 horas, 17 horas à espera de se ser assistido numa urgência hospitalar (...) é inaceitável. Tomaremos medidas muito em breve nesse sentido", sublinhou.

Ana Paula Martins garantiu que o balaço do plano de inverno "será feito quando o inverno terminar", precisando que "prognósticos só no fim do jogo".

"Também prometo que a Direção-Geral de Saúde (DGS), que é quem tem a responsabilidade dos relatórios na área materno-infantil dará mais detalhes com a sua comissão de peritos. Esta é uma matéria técnica, é uma matéria da área científica e clínica. As recomendações que saem dos peritos são as recomendações que o Governo tem que naturalmente olhar, seguir e implementar", salientou.

A ministra prometeu ainda fazer em breve "um ponto da situação" sobre o Plano de Emergência e Transformação da Saúde, "para prestar contas aos portugueses".

Ana Paula Martins disse ainda que "é preocupante" o excesso de mortalidade registado no mês passado, durante o período de atividade gripal e de baixas temperaturas.

De acordo os dados do último boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em janeiro, morreram mais 1.191 pessoas do que o esperado.

A maioria das quase 1.200 mortes tinha mais de 75 anos (88%) e 77% eram mulheres, tendo sido na segunda semana, entre os dias 6 e 12 de janeiro, que se registaram mais óbitos além do esperado.

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  • A falhar
    04 fev, 2025 Desde que tomou a pasta 15:04
    Diga-nos qualquer coisa que nós não saibamos já. Não é de retórica e de promessas repetidas e nunca concretizadas, que precisamos. Precisamos é dos problemas resolvidos. E não estão a sê-lo!

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