04 fev, 2025 - 19:44 • Alexandre Abrantes Neves
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, vai reunir-se esta quarta-feira com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra, para discutir a situação no serviço de urgências.
Aquela unidade tem estado a sofrer elevados constrangimentos, o que levou o diretor a apresentar a demissão e a Ordem dos Médicos a pedir a intervenção imediata da tutela, para responder a uma situação que classifica como preocupante e que diz estar já a colocar em risco os doentes. Também os médicos internos afirmaram, esta terça-feira, viver-se um “clima de insegurança” nos corredores, isto depois de no último fim de semana o tempo de espera ter atingido as 17 horas.
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Perante este cenário, a ministra Ana Paula Martins reconhece a urgência de arranjar soluções, mas não adianta quais – diz apenas que vão ser discutidas no encontro marcado para esta quarta-feira.
“Como sabem, ontem fomos surpreendidos de alguma maneira pelo comunicado da Ordem dos Médicos. Já temos amanhã uma reunião marcada também com o Conselho de Administração do Hospital. O que vos posso dizer é que dessa reunião sairão naturalmente soluções e também consequências”, afirmou, à margem de uma visita ao Laboratório Nacional do Medicamento, em Lisboa.
Notícia conhecida no dia em que a Ordem dos Médico(...)
A instituição visitada esta tarde pelos ministros da Saúde e da Defesa está sob a alçada do Exército Português e dedica-se, maioritariamente, à produção de medicamentos que estão com problemas de abastecimento no mercado – só no último ano, terão sido produzidas cerca de duas mil unidades.
Nuno Melo considera que este é um exemplo de como as Forças Armadas “são muito mais do que habitualmente se pensa” e de como atuam em “áreas cruciais”. O ministro promete, por isso, para breve mais investimento nesta infraestrutura.
“O laboratório tem um papel relevante no que tem a ver com a reserva estratégica europeia. [Há] a vontade de investirmos cada vez mais naquilo que pode culminar no desenvolvimento deste laboratório, transportando-o para outras possibilidades, no que tem a ver com a própria Reserva Nacional do Medicamento. Podemos investir do ponto de vista logístico, técnico, infraestrutural e humano”, assinalou.
No laboratório, trabalham 74 civis e 39 militares que, nos aos da pandemia, estiveram especialmente dedicados à produção de desinfetantes e também de produtos produtos descontaminantes.