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Tutti-Frutti. Luís Newton e Ângelo Pereira pedem suspensão de mandatos

04 fev, 2025 - 18:38 • Fábio Monteiro

Deputado do PSD Luís Newton assume que a “vertente da exposição pública de um caso como este” pode “atingir o Governo que apoio”

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Luis Newton, deputado do PSD e presidente da junta de freguesia da Estrela, pediu a suspensão do mandato após ter sido acusado no processo Tutti-Frutti, anunciou o próprio, em comunicado, esta terça-feira.

A mesma decisão foi também tomada por Ângelo Pereira, vereador em Lisboa e líder distrital do PSD, revelou Carlos Moedas.

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O autarca elogiou a “coragem” de Ângelo Pereira, que tomou a iniciativa de pedir a suspensão de funções. “O sr. vereador está acusado em relação a uma viagem em 2015, que devia ter sido paga pelo município. Não é um caso de corrupção. É essa a informação que tenho”, sublinhou.

Já na missiva enviada às redações, Newton alega: “Não conheço a acusação, até porque dela ainda não fui notificado, e em nada me revejo nos atos que durante anos me foram atribuídos no tribunal da praça pública.”

Enquanto político, o deputado do PSD assume que a “vertente da exposição pública de um caso como este” pode “atingir o Governo que apoio”.

“Fui eleito para a Assembleia da República com muita honra pelo partido onde milito desde sempre, o PSD. Sei que o mandato que me foi conferido é meu a partir do momento em que estou deputado, mas a minha lealdade, hoje e sempre, é para com o meu partido e para com o Governo em funções. Este facto deve orientar o meu sentido de responsabilidade política”, justifica.

Newton afirma que não precisa, por isso, “de ponderar muito”. “Irei pedir a suspensão do meu mandato como deputado na Assembleia da República.”

O vereador em Lisboa Ângelo Pereira considera “absurda” a acusação que lhe é imputada no processo, relativa a uma viagem à China enquanto foi vereador em Oeiras.

“A única acusação que me é imputada é uma alegada prática do crime de recebimento indevido de vantagem do montante de 598,02 euros referente a uma viagem de um evento realizado na China, pela empresa parceira organizadora do evento e em que participei na qualidade de vereador da Câmara Municipal de Oeiras”, afirmou o social-democrata num comunicado, sublinhando não ter sido acusado dos factos constantes do processo relativos ao concelho de Lisboa.

Segundo o vereador – reeleito presidente da distrital de Lisboa do PSD em abril de 2024, para um mandato de dois anos -, a empresa pagou a deslocação à China a nove pessoas e, por estar em representação da Câmara de Oeiras (distrito de Lisboa), “no limite, seria este município a suportar tal viagem e nunca” o próprio.

Em causa, acrescentou, estão “factos ocorridos há mais de 10 anos”.

“Esta acusação, a única que me é apontada, é injusta, imoral e absurda porque a deslocação foi feita ao município de Oeiras, não me competindo, naturalmente, suportar as despesas para cumprir as minhas funções”, insistiu.

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