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Hepatite A em Setúbal. "Pode haver mais casos", mas "mensagem principal é de serenidade"

05 fev, 2025 - 11:03 • André Rodrigues

Médico de Saúde Pública Bernardo Gomes afasta cenário de disseminação generalizada: "É uma doença sem consequências para a esmagadora maioria dos indivíduos."

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O surto de hepatite A em Setúbal não deve ser encarado com alarmismo, defende na Renascença o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Saúde Pública.

Pode haver mais casos, não excluo esse cenário. Se tivermos uma sustentação de transmissão em algumas comunidades, pode ser algo que ainda persista e demore a passar”, admite Bernardo Gomes que, contudo, diz não encarar este episódio com particular preocupação: “Não creio que seja assim tão fácil que haja uma disseminação generalizada”.

A mensagem principal é de serenidade”, acrescenta este especialista, que esclarece, ainda, que estamos perante “uma doença que, para a esmagadora maioria dos indivíduos – nomeadamente mais novos – não tem consequências”.

Contudo, este caso “traz para cima da mesa a noção de que em países em que a hepatite A não circula, nomeadamente na infância, temos o risco de, de vez em quando, aparecerem alguns surtos”.

Por definição, “a hepatite A está associada a más condições socioeconómicas e sanitárias”, pelo que Bernardo Gomes lembra que “uma das medidas fundamentais é a promoção da lavagem das mãos, saneamento e tratamento de resíduos”.

Admitindo desconhecer em detalhe o caso de Setúbal, nomeadamente se o mesmo se encontra confinado àquela região, o presidente dos Médicos de Saúde Pública não exclui uma eventual “alteração da recomendação da vacinação ligada à hepatite, que é o que já acontece, por exemplo, com a medicina de viajante, sobretudo para quem viaja para fora da Europa”.

Fonte da Unidade Local de Saúde da Arrábida contactada pela Renascença sublinha que, até agora, não há evidência de que o surto de hepatite A diagnosticado no concelho de Setúbal esteja relacionado com alimentos ou água contaminada.

Num esclarecimento escrito, a ULS adianta que “a maioria dos casos de infeção registados são adolescentes

Um jovem de 12 anos foi transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com um quadro clínico mais grave, mas a evolução é favorável.

Para conter a transmissão da doença, foi iniciada uma campanha de vacinação dirigida às crianças de Setúbal.

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  • Ana
    05 fev, 2025 Setúbal 18:18
    Em relação a esta notícia ainda hoje de manhã me desloquei ao centro de saúde e falei com a delegação de saúde onde me foi informado que apenas foram vacinadas as turmas com casos confirmados e que não iriam vacinar mais crianças de momento e como eu quero vacinar a minha filha que teria que marcar uma consulta para o médico de família para este me dar a prescrição da vacina e assim fiz tenho consulta marcada para dia 15 de Abril por favor não deixem ficar esta notícia por aqui e ajudem a proteger todas as crianças. Gratidão pela atenção dispensada Bom trabalho Ana

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