05 fev, 2025 - 22:40 • Lusa
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, entrega na quinta-feira na Assembleia da República uma petição "pela construção do hospital do Seixal", que reuniu mais de 15 mil assinaturas.
No documento é exigida a construção do futuro hospital de proximidade no Seixal, no distrito de Setúbal, assim como "a melhoria das condições de acesso à saúde através da contratação de mais médicos para as unidades de cuidados de saúde primários, garantindo médico de família para todos os utentes e a requalificação dos centros de saúde existentes, incluindo, no que concerne ao centro de saúde de Fernão Ferro, a sua ampliação, criando melhores condições de acesso e de prestação de cuidados de saúde às populações".
Para a autarquia do Seixal, a construção do hospital "assume-se como uma das principais prioridades do município, que há muitos anos reclama junto do Governo a construção deste equipamento, uma vez que o Hospital Garcia de Orta, que serve os concelhos do Seixal e Almada, há muito que se encontra em rutura e sem capacidade para dar resposta à população da região".
"O futuro hospital deverá servir uma população com cerca de 350 mil habitantes, oriundos dos concelhos do Seixal e Almada, funcionando em estreita articulação com o Hospital Garcia de Orta. Esta petição é a nossa mais recente forma de luta, face às promessas governamentais, sucessivamente adiadas, de construir o hospital", explica em comunicado Paulo Silva (CDU).
O presidente da Câmara do Seixal recorda outras iniciativas realizadas ao longo dos anos, entre as quais o cordão humano em torno da baía do Seixal, a caminhada e corrida pelo Hospital no Seixal e a ação realizada todos os anos no Natal intitulada "Mais Um Natal sem Hospital no Seixal".
Em dezembro de 2015, após um abaixo-assinado com mais de oito mil assinaturas, foi aprovada uma resolução da Assembleia da República para a construção urgente do equipamento. .
No Orçamento do Estado para 2017 foi inscrita uma verba de 10 milhões de euros para relançar o projeto e o concurso, tendo sido noticiado o seu arranque em julho de 2017.
Contudo, só em junho de 2018, com a assinatura de uma nova adenda ao acordo inicial, em que a Câmara Municipal do Seixal assumiu os custos da construção das acessibilidades (três milhões de euros), foi possível lançar novo concurso. .
Em 2019, o Governo anunciou novo adiamento, assumindo que durante o primeiro trimestre de 2023 apresentaria o projeto de execução para posterior lançamento do concurso para a construção. .
No entanto, em 2024 o projeto de execução ainda esperava a revisão a que a lei obriga, aguardando-se definição da entidade que após a extinção da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo assumirá a competência.
A petição que será entregue a um vice-presidente da Assembleia da República, tem entre os signatários a Câmara Municipal do Seixal, as juntas de freguesia de Amora, Corroios e Fernão Ferro, a União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, a Comissão de Utentes de Saúde do Concelho do Seixal e a Plataforma Juntos pelo Hospital do Seixal.