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Chefes da guarda prisional criticam revisão de critérios de acesso à profissão

06 fev, 2025 - 13:23 • Lusa

O Ministério da Justiça admitiu aumentar o limite de idade para ingresso na carreira e fazer alterações na prova de acesso depois de apenas 99 dos 292 candidatos iniciais permanecerem aptos a prosseguir no concurso.

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O presidente da Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) criticou esta quinta-feira a intenção do Governo de rever os critérios de acesso à profissão, contrapondo que só a valorização da carreira atrairá mais candidatos.

O Ministério da Justiça admitiu, em 30 de janeiro, aumentar o limite de idade para ingresso na carreira e alterar o modelo de provas de acesso, feitas pelos próprios guardas prisionais, depois de então apenas 99 dos 292 candidatos iniciais permanecerem aptos a prosseguir no concurso em curso.

Esta quinta-feira, o presidente da ASCCGP, Hermínio Barradas, defendeu, em comunicado, que "não é com alargamento e "aberturas" de ocasião que se irão captar candidatos adequados para a profissão".

"Este panorama, de fraca atratividade por uma profissão de elevado risco, só se inverterá com uma visível valorização, social e remuneratória, com a existência de frequente possibilidade de progressão na carreira e, ainda, uma série de outras questões objetivas e estruturais no sistema prisional", acrescentou.

De acordo com o Estatuto do Corpo da Guarda Prisional, os candidatos a ingressar na profissão têm de ter entre 21 e 28 anos e "possuir robustez física e perfil indispensáveis ao exercício de funções".

Em 30 de janeiro, a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, anunciou, citada pela tutela, que foi já criado "um grupo de trabalho interno para rever a legislação".

"As normas atuais criam dificuldades desnecessárias. Já estamos a trabalhar na revisão dos requisitos de entrada na carreira de guardas prisionais e nas regras do concurso. Mal tenhamos legislação nova em vigor, abriremos novo concurso de recrutamento", precisou.

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