07 fev, 2025 - 12:56 • Filipa Ribeiro
O Procurador-Geral da República admite que os oito anos - período a que decorre a operação Tutti-Frutti - "é muito tempo" e sublinha que tem como objetivo que "esses prazos acabem".
Aos jornalistas, no final de uma reunião no Supremo Tribunal Administrativo em Lisboa, Amadeu Guerra refere que tomou "diligências para que as conclusões de inquéritos sejam rápidas" e sobre o caso Tutti-Frutti que envolve vários detentores de cargos políticos realça que existiram dificuldades no início do processo e que houve até a "rapidez" assim que foi constituída uma equipa pela Procuradora que o antecedeu. Amadeu Guerra recorda que a equipa foi constituída em 2023 e que até esta semana - em que foram conhecidos os arguidos no processo - decorreram dois anos. " O processo andou de forma muito rápida", sublinhou.
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Sobre os últimos casos conhecidos que envolvem nomes com cargos políticos - como os recentes que envolvem deputados do Chega - e se deve ou não ser dada prioridade aos processos que envolvem pessoas com poder de decisão política, o Procurador-Geral da República entende que em todos os processos "se tem feito isso (dar celeridade)". Amadeu Guerra realça porém que "muitas vezes face à quantidade de informação para tratar, nem sempre se consegue com a celeridade que as pessoas querem".
O PGR assegura que "se está a fazer um grande esforço e a sensibilizar as comarcas para a questão da celeridade e pragmatismo que tem de haver", no entanto refere que "é necessário contabilizar os processos mais atrasados com os processos mais recentes".
Um dia depois da captura dos últimos dois fugitivos de Vale dos Judeus, Amadeu Guerra destaca o trabalho da Polícia Judiciária. Fala de "uma vitória para a justiça" e de uma situação em que "se deve valorar o trabalho da Judiciária". O PGR destaca ainda a boa cooperação que existiu com autoridades de outros países.