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PAC

"O dinheiro é o mesmo, mas é pago de outra forma". CAP não está convencida com orçamento da UE

07 fev, 2025 - 12:15 • João Cunha

A Comissão Europeia deu luz verde à terceira reprogramação do PEPAC, o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum. Mas a CAP lembra que as verbas da PAC não sofreram alterações.

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A CAP - a Confederação de Agricultores de Portugal - não está convencida com a reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum, aprovado pela Comissão Europeia, que vai permitir aumentar o valor médio do apoio ao rendimento base dos agricultores em 50%. De acordo com o Ministério da Agricultura, o aumento passa dos 82 euros por hectare para os 126 euros de valor médio do apoio ao rendimento base dos agricultores nacionais.

Para a CAP, contactada pela Renascença, passa a haver mais dinheiro para o rendimento base dos agricultores, mas menos verba para investimento estrutural no setor.

O Governo refere que o principal objetivo desta reprogramação "prende-se com o reforço da resiliência do solo com utilização agrícola, florestal e agroflorestal, respondendo a alterações de contexto económico e de políticas europeias e corrigindo opções disruptivas anteriores".

Luis Mira, o secretário-geral da CAP, explica que "o orçamento disponibilizado pela União Europeia no âmbito da PAC foi o negociado em 2023. E esse não mexeu nada", sublinha.

Portugal pediu a terceira reprogramação, e "a decisão do governo português foi retirar dinheiro das medidas estruturais para os pagamentos anuais" aos agricultores.

"O dinheiro é o mesmo, mas é pago de outra forma", refere Luis Mira.

Com esta decisão, o valor médio do apoio ao rendimento base dos agricultores portugueses sobe para os 126 euros por hectare, em detrimento das verbas até aqui existentes para o investimento e modernização do setor.

Comentários
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  • José Luís Pereira Ca
    07 fev, 2025 Elvas 18:50
    Excelente, os agricultores que não têm meios para investir, não rebebem a comparticipação e vêem o seu rendimento crescer.

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