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Mau cheiro na região de Lisboa? A culpa é da azeitona

10 fev, 2025 - 11:07 • Maria João Costa

A região de Lisboa despertou com um mau cheiro no ar. O Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade, da Universidade Nova diz que na origem estão as “fábricas de processamento do bagaço de azeitona do Alentejo”.

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Se já meteu o nariz fora de casa e vive na região de Lisboa já se terá dado conta de um mau cheiro no ar e a má notícia é que poderá continuar até amanhã. O odor intenso e acre tem origem a sul.

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A Renascença foi procurar a explicação junto de quem faz a monitorização do ar. O Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade, da Universidade Nova explica que na origem está a indústria de bagaço de azeitona.

A investigadora Sofia Teixeira afirma que “provavelmente, a fonte emissora será decorrente das fábricas de processamento do bagaço de azeitona da zona do Alentejo” e que “fenómenos meteorológicos ajudam a esta percepção de odor no ar”

A situação não é nova. Tinha ocorrido algo semelhante há precisamente um ano sobre a região de Lisboa, explica a investigadora que indica que esta segunda-feira houve uma “baixa inversão térmica desde a meia-noite até às 9h00 que fez com que tivessemos um efeito capacete”, o que, por sua vez, levou a qe o cheiro se mantivesse no ar.

“O vento foi fraco e de quadrando sudeste”, explica Sofia Teixeira, concluindo que “as fontes das emissões estão localizadas no Alentejo”.

O cheiro pode “manter-se até terça-feira às 11h00”, já que só depois está prevista chuva que pode atenuar o cheiro.

A investigadora da Universidade Nova alerta para a necessidade de se criar legislação sobre os odores e os impatos na qualidade do ar. “Era importante que pudessesmos pensar numa normativa, uma vez que em Portugal não há legislação sobre odores, ao contrário de em outros países”, refere.

Questionada sobre os impactos na saúde, Sofia Teixeira diz ser necessário “avaliar as comunidades mais próximas destas fontes emissoras e a sua exposição” a estes cheiros. Quando à população da região de Lisboa e Vale do Tejo, a investigadora considera que “o impacto será mais reduzido”.

Comentários
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  • Maria
    10 fev, 2025 Palmela 12:12
    Aqui tambem cheira!

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