11 fev, 2025 - 16:41 • Ana Catarina André
O Presidente da República espera que o novo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, que vai substituirá Hernâni Dias, seja nomeado ainda esta semana. Na mesma altura, Marcelo Rebelo de Sousa — sem ter sido questionado sobre o tema – comentou o Índice de Perceção da Corrupção em 2024, divulgado esta terça-feira, que revelou o pior desempenho de sempre de Portugal: “Uma evolução negativa e preocupante.”
“Parto para uma visita ao Brasil no fim-de-semana. O senhor primeiro-ministro junta-se no começo da semana seguinte. Faz sentido que isso possa ocorrer antes de Presidente e primeiro-ministro estarem no estrangeiro”, disse aos jornalistas esta terça-feira, após ter participado nas comemorações dos 160 anos da Cruz Vermelha Portuguesa.
O chefe de Estado adiantou, ainda, que até ao momento não recebeu do primeiro-ministro, Luís Montenegro, indicação sobre o nome do novo Secretário de Estado.
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Marcelo Rebelo de Sousa comentou, por iniciativa própria, o Índice de Perceção da Corrupção em 2024, divulgado esta terça-feira. Portugal ficou na 43ª posição entre os 180 países avaliados, tendo obtido o pior resultado de sempre.
“Uma evolução negativa e preocupante”, considera o Presidente da República. “É uma questão que tem a ver com a imagem que os portugueses têm dos mecanismos de combate à corrupção. Quando se fala nos mecanismos de combate à corrupção tem a ver com o funcionamento da justiça, tem a ver com o funcionamento da entidade que tem tido a seu cargo a matéria da transparência, tem a ver com pedagogia sobre corrupção”, disse.
O Chefe de Estado afirmou que os mecanismos de combate a este fenómeno têm de ser melhorados. “É muito importante aquilo que está na cabeça dos portugueses, porque, aqui como na segurança, o que interessa não é a segurança em abstrato, nem a corrupção que existe ou não. É qual é a imagem que as pessoas têm acerca da corrupção e acerca da segurança, porque é essa perceção que gera insegurança e é essa perceção que gera maior ou menor confiança no combate à corrupção.”