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Vereador da Câmara de Valongo nega ter recebido contrapartidas

13 fev, 2025 - 21:32 • Lusa

Em causa estão processos de implementação de um restaurante e de um supermercado.

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O vereador da Câmara de Valongo, Paulo Ferreira, nega ter recebido contrapartidas nos processos de implementação de um restaurante da McDonald"s e do supermercado Aldi, investigados pelo Ministério Público (MP) e pelo qual foi constituído arguido.

O também candidato do PS à presidência da autarquia é suspeito de corrupção no licenciamento de um restaurante, num processo com três visados pelo inquérito que investiga crimes de corrupção nos setores público e privado, prevaricação e violação das regras urbanísticas.

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Segundo Paulo Ferreira, a pedido do Clube Propaganda e Natação (CPN) e enquanto vereador do Desporto, questionou "se a McDonald"s costumava apoiar associações/clubes desportivos, tendo, após a resposta positiva, esse apoio sido "tratado diretamente entre esta e o CPN".

"O CPN tem contabilidade organizada e, hoje, sei que o apoio dado foi efetuado por transferência bancária, pelo que estará obrigatoriamente registado na contabilidade do clube que certamente emitiu recibo à empresa", sublinhou o vice-presidente da autarquia.

Segundo o autarca, no município de Valongo, "desde 2017 que os processos urbanísticos decorrem de forma desmaterializada, tramitando sempre em suporte digital, tornando fácil conhecer as informações técnicas que foram dadas e quanto tempo demoraram", pelo que "facilmente se comprova que os dois processos tiveram o tratamento e a tramitação idênticos a qualquer outro similar".

Negando "qualquer intervenção (...) para que o processo fosse acelerado ou favorecido", Paulo Ferreira assinalou que a sua "única intervenção em todo o processo de licenciamento foi proferir despacho final de concordância".

"Os processos de licenciamento do McDonald"s e do Aldi demoraram oito e seis meses, respetivamente, o que prova a inexistência de celeridade excecional ou favorecimento nos processos de licenciamento", disse, apontando que a apreciação de ambos os processo teve "uma duração superior à média de tempo que, à data dos factos e nesta Câmara Municipal, se verificava nos processos de licenciamento".

E prosseguiu: "neste processo, bem como em qualquer outro, nunca insinuei, pedi ou recebi qualquer valor monetário, contrapartida ou favorecimento pessoal, ou outro tipo de vantagem/benefício".

Afirmando "nada temer por estar ao lado dos interesses do município", o autarca de Valongo alerta que o mediatismo dado ao caso "promove uma apressada condenação na praça pública, pondo em causa" o seu bom nome e reputação.

Paulo Ferreira termina o comunicado a pedir que a "justiça seja feita, rapidamente!" e a garantir que "foram integralmente cumpridas as regras urbanísticas, o Plano Diretor Municipal e a Lei".

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