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Novo aeroporto de Lisboa. Campo de tiro sai de Alcochete para Mértola

18 fev, 2025 - 09:55 • Jaime Dantas

O governo já terá tomado a decisão, que já esteve em cima da mesa durante a governação de José Sócrates. Na altura, tinha um custo previsto de quase 250 milhões de euros.

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Depois de ter decidido que o campo de tiro de Alcochete será a localização do novo aeroporto de Lisboa, Luís de Camões, o governo vai avançar para a deslocalização da infraestrutura militar para Mértola, segundo avança o Jornal de Negócios esta terça-feira.

A publicação lembra que esta opção foi avaliada quando José Sócrates era primeiro-ministro. Na altura, a Força Aérea estimou que o custo da mudança do campo de tiro nos arredores de Lisboa para uma localização entre Mértola e Serpa rondava os 250 milhões de euros, dada a necessidade de adaptações à atividade militar.

O valor não será assegurado pela concessionária do aeroporto, uma vez que, segundo cita o Negócios, o relatório inicial entregue pela ANA Aeroportos ao executivo põe de parte "quaisquer ações e custos necessários para transferir as atividades militares atualmente realizadas no campo de tiro de Alcochete para outra localidade".

O Estado terá ainda de assegurar a desminagem do terreno do novo aeroporto, bem como ligações eletricas e esgotos, entende a ANA.

Os acessos rodoviários e ferroviários também serão assegurados pelos contribuintes, na qual se inclui a terceira travessia so Tejo.

Esta regra só não se aplica à construção da autoestrada até ao Aeroporto Luís de Camões, já que o contrato de concessão com a Brisa prevê que a empresa assuma a obra. A concessionária veio, no entanto, dizer que uma vez que esse documento previa que a infraestrutura estivesse pronta em 2017 e a abertura está prevista, no melhor dos cenários, no final de 2036.

Por fim, o governo também terá de assegurar os custos da instalação do aeródromo militar de Figo Maduro na Base Aérea do Monto.

O novo Aeroporto de Lisboa tem um custo previsto de 8,5 mil milhões de euros, tendo o ministro das infraestruturas, Miguel Pinto Luz, assegurado que não teria custos diretos para os contribuintes.

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