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cimeira brasil-portugal

"Mais preocupante é o movimento contrário". Historiador não vê sentimento anti-português entre os brasileiros

19 fev, 2025 - 08:00 • Jaime Dantas

Intercâmbio cultural entre as duas nações "é vantajoso do ponto de vista económico, cultural e até linguístico", defende Francisco Topa, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto especialista em literatura e cultura brasileiras.

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O historiador Francisco Topa considera admite que possa existir um "sentimento anti-lusitano" em alguns setores da sociedade brasileira, mas que este é "diminuto".

"É um sentimento irracional que, acredito, será fomentado por alguma organização política num setor um pouco menos bem informado da sociedade brasileira", diz à Renascença o docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

A propósito da cimeira luso-brasileira, que arranca esta quarta-feira, em Brasília, o professor especializado em literatura e cultura brasileiras alerta que "mais preocupante é o movimento contrário, de crescimento na sociedade portuguesa do sentimento anti-brasileiros".

"Há muita gente que começa a se sentir-se um bocadinho incomodada com aquilo que julga ser uma presença excessiva de brasileiros em Portugal", afirma.

Para Francisco Topa, este sentimento "não faz sentido" e pode ser combatido pelos estados através da sensibilização da população para os benificios do intercâmbio cultural entre as duas nações.

"É vantajoso do ponto de vista económico, cultural e até linguístico", sublinha.

Francisco Topa diz que existe "medo" de alguns portugueses relativamente à contribuição da imigração brasileira para um "desaparecimento da variante portuguesa" do português.

"A nossa variante vai, certamente, manter as suas características próprias, apesar da presença de tantos brasileiros entre nós", remata.
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  • Devolvam o ouro
    19 fev, 2025 Abrantes 13:07
    Esse historiador é lírico. Se há coisa fomentada pelo PT nas Universidades brasileiras é o ódio aos portugueses

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