24 fev, 2025 - 20:54 • Cristina Nascimento
O Governo vai criar uma Linha Nacional de Apoio aos Alunos. O anúncio foi feito esta segunda-feira à tarde, em Lisboa, na apresentação de um inquérito nacional sobre bullying nas escolas.
"É uma necessidade que reconhecemos, é algo diferenciador face àquilo que tem sido feito e há uma grande necessidade de fazer algo que é diferenciador", afirmou o secretário de Estado e Adjunto da Educação, Alexandre Homem Cristo, acrescentando que esta linha será uma realidade "num prazo razoável".
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Também presente na ocasião, a ministra da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, não se comprometeu com uma data para a entrada em funcionamento desta linha, afirmando, no entanto, que não acontecerá até ao fim de 2025.
A governante reconhece que “este é um tema difícil para o qual têm faltado respostas” e assegura que quando forem criadas as respostas serão “as mais ajustadas possíveis”.
“Nós não podemos criar uma linha sem garantir que a denúncia é feita e tem de ser feita, mas temos de garantir o acompanhamento desta criança e que a denúncia não é feita em vão”, explica.
A ministra da Juventude e Modernização considera n(...)
O Ministério da Educação esclarece que a linha vai funcionar no formato de denúncia anónima e servirá alunos de escolas públicas e privadas. A queixa vai poder ser feita via app, site e telefone.
“O que é diferenciador em ter uma linha de apoio ao aluno e que há muitos alunos que se sentem inibidos de se reconhecerem como vítimas e, portanto, é muito importante também dar-lhes um mecanismo alternativo para eles pedirem ajuda, porque em contexto escolar nem sempre pode ser fácil”, diz o secretário de Estado Alexandre Homem Cristo.
O governante destaca ainda que a ideia não começa da “estaca zero” e que os alunos “neste momento têm apoio, temos psicólogos nas escolas, temos acompanhamento individualizado para muitos alunos que que denunciam ou que se reconhecem como vítimas de bullying”.
Até à criação da linha, os Ministérios da Educação e da Juventude asseguram há outras medidas que vão chegar já ao terreno, nomeadamente distribuição de materiais para ajudar alunos, professores e assistentes operacionais a lidar com o fenómeno, bem como o lançamento de uma campanha de sensibilização contra o bullying.
O inquérito nacional apresentado esta segunda-feira, no qual participaram 31 mil alunos, revela que quase 6% (5,9%) dos alunos diz já ter sido vítima de bullying e 12% já testemunharam atos de bullying.