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Quase 6% dos alunos já sofreram bullying. Governo considera número preocupante

24 fev, 2025 - 08:30 • Marisa Gonçalves , João Malheiro

A ministra da Juventude e Modernização considera necessário "respostas adequadas para que as crianças possam saber com quem devem falar quando testemunharem ou sofrerem uma situação de bullying".

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Quase 6% dos alunos relatam já terem sido vítimas de bullying, conclui um estudo feito pelo Governo em janeiro, junto de jovens entre os 11 anos e os 18 anos.

À Renascença, a ministra da Juventude e Modernização considera o valor "relativamente alto" e preocupante.

Ao todo, foram inquiridas 31.133 crianças, das quais 1.837 admitiram já ter sofrido de bullying.

A governante sublinha também o forte crescimento de casos de cyberbullying, com as tecnologias a trazerem novos desafios, sobretudo, no quadro dos jovens com idade mais avançada.

"Aumenta à medida que aumentam as idades, considerando as crianças que responderam ao estudo. Quantos mais velhos são, mais acesso têm a estas tecnologias", refere.

A ministra da Juventude e Modernização considera necessário "respostas adequadas para que as crianças possam saber com quem devem falar quando testemunharem ou sofrerem uma situação de bullying".

O bullying é considerada uma forma de violência que corresponde a comportamentos agressivos e intencionais, que são exercidos por uma criança, por um jovem, ou por um grupo, contra alguém que não tem possibilidades de se defender.

Está comprovado que contribui para aumentar os índices de absentismo, de insucesso escolar e de sofrimento psicológico.

Uma das propostas avançadas pelo denominado Grupo de Trabalho de Combate ao Bullying nas Escolas passa pela criação de guiões dirigidos a toda a comunidade escolar, com as orientações essenciais sobre como agir numa situação do género.

"Guiões precisamente dirigidos a crianças e jovens, guiões dirigidos a pais e encarregados de educação, dirigidos também a professores e a assistentes operacionais", explica Margarida Balseiro Lopes.

A governante acrescenta que o estudo evidencia, ainda, "a necessidade de reforçar a formação de discentes, de psicólogos e assistentes operacionais, assegurando que estão capacitados para a deteção precoce, intervenção, mediação e resposta a situações destas".

"Uma segunda necessidade é a de desenvolvermos programas de aquisição de competências socio-emocionais e relacionais, dirigido a crianças e jovens", conclui.

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