Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

"A culpa é do sistema educativo". Diretores de escolas criticam estudo da EDULOG

25 fev, 2025 - 10:44 • Redação

Presidente da Associação de Diretores de Escolas Públicas, Filinto Lima, critica estudo da Fundação Belmiro de Azevedo.

A+ / A-

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, considera o estudo da EDULOG divulgado esta terça-feira "muito injusto".

"Dá a ideia que os diretores das escolas públicas não sabem gerir corretamente, legalmente, os recursos humanos que têm ao seu dispor", diz o dirigente à Renascença.

"Não são as escolas que têm culpa de não existirem professores do sistema educativo. É todo um sistema educativo que desprezou a classe docente". Filinto Lima refuta desta forma o estudo da EDUSTAT-Fundação Belmiro de Azevedo, que aponta a falta de professores como consequência de uma insuficiente gestão de recursos por parte das escolas.

O documento indica que, nos últimos anos, a escola pública tem vindo a ser reforçada com mais professores, apesar do número de alunos estar a diminuir. Em resposta, o presidente da ANDAEP diz que "não é preciso fazer nenhum estudo para se perceber que neste momento a escassez de professores é um drama"

Para Filinto Lima, "este estudo não vem ajudar" à resolução do problema e os seus resultados refletem "a realidade do nosso país, onde há muitos alunos, muitas escolas no litoral e poucos alunos, uma baixa densidade populacional no interior".

O presidente da ANDAEP propõe ainda soluções para o "verdadeiro" problema da falta de professores: "Devemos apostar para maior formação de professores, devemos melhorar as condições de trabalho e as condições de produção dos nossos docentes", defende, considerando que essa é uma forma de motivar os jovens para a carreira do docente.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+