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Conselho de Administração da ULS do Alentejo Central apresenta demissão

26 fev, 2025 - 20:22 • Fábio Monteiro

Renúncia aos cargos está relacionada com gestão da obra do Novo Hospital Central do Alentejo.

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O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC) apresentou, esta quarta-feira, a demissão em rota de colisão com o Ministério da Saúde devido à gestão da obra no novo Hospital de Évora.

Esta notícia surge pouco mais de uma semana depois de uma pessoa ser sentido mal a 20 metros do Hospital de Évora e, ainda assim, ter sido obrigado a ligar ao INEM para pedir socorro. Na semana passada, a Inspeção-Geral de Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito ao sucedido.

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Em comunicado, o conselho de administração demissionário não refere o que aconteceu em Évora. Indica, sim, que a renúncia aos cargos foi motivada, entre outras razões, pelo facto de “não se rever na instrução contida no despacho n.º 2152/2025, de 17 de fevereiro”, relativo à gestão da obra do Novo Hospital Central do Alentejo (NHCA).

“A obra do NHCA, após mais de 40 meses de execução, está ainda longe do seu termo, quando estava prevista a sua realização em 30 meses e conclusão durante o ano 2024. A sua previsível conclusão em 2026, ou mesmo 2027, carece de um modelo de gestão diferente do definido, caso contrário vai continuar a acumular custos e atrasos”, lê-se.

O decreto-Lei n.º 54/2024, de 6 de setembro, atribui à Administração Central do Sistema de Saúde a responsabilidade pela conclusão da construção do NHCA.

A instrução plasmada no despacho n.º 2152/2025 “colide com o estabelecido no decreto-Lei n.º 54/2024 e inviabiliza que o Conselho de Administração da ULSAC prossiga a sua principal missão: garantir a prestação de cuidados de saúde diferenciados e de qualidade à população do Alentejo”.

“A difícil decisão de renúncia aos cargos, permitirá, assim, ao Ministério da Saúde definir uma nova equipa para liderar a ULSAC, que possa pôr em prática as políticas e medidas que considere necessárias, com a celeridade exigida, evitando que o atual Conselho de Administração constitua um obstáculo à sua concretização”, lê-se ainda.

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