Ex-condenado por violência doméstica em preventiva pelo mesmo crime e abuso sexual

Um homem anteriormente condenado por violência doméstica foi detido pela PSP de Oeiras por suspeita de crimes idênticos e por alegado abuso sexual de uma adolescente de 15 anos, ficando em prisão preventiva, informou este sábado a PSP.

Segundo uma nota do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, o suspeito foi detido na passada quarta-feira por elementos da Divisão Policial de Oeiras por suspeita de novos crimes de violência doméstica e por abuso sexual de uma menor e depois de ouvido em primeiro interrogatório judicial foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa.

Segundo a mesma fonte, a detenção ocorreu na sequência de mandados de detenção passados pela autoridade judiciária e após a Esquadra de Oeiras ter recebido uma denúncia por parte da mãe da menor, que relatou a existência de uma relação de namoro entre a sua filha, de 15 anos, e o suspeito, de 40.

A investigação que se seguiu, revelou que a menor "terá desenvolvido sintomas depressivos, ansiedade grave e desinteresse pela sua vida quotidiana, em consequência dos comportamentos controladores e abusivos por parte do arguido", adianta a PSP.

De acordo com os dados avançados, a menor conheceu o arguido em eventos sociais relacionados com passatempos que ambos frequentavam, o que levou ao desenvolvimento de uma relação de namoro.

Durante este período, acrescenta a polícia, o arguido exerceu um controlo significativo sobre a vida da menor, incluindo a forma como se vestia, obrigando-a a mudar de roupa quando não gostava do seu aspeto, e insultando-a.

Além disso, exigia que a menor mantivesse contacto telefónico permanente com ele, incluindo durante a noite, o que afetou o seu desempenho escolar e bem-estar geral.

A PSP adianta que o detido não aceitou o fim da relação de namoro, e utilizava os amigos da menor para saber do seu paradeiro e comparecer nos locais onde esta permanecia, controlando-a e intimidando-a sempre que falava com outros rapazes.

"O suspeito, que já tem antecedentes criminais por crimes contra a vida, incluindo uma pena de prisão efetiva cumprida por factos semelhantes contra uma ex-namorada", esclarece a PSP.