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Defesa. Ausência de candidatura de Portugal a verbas para munições foi “enorme fracasso do PS”

05 mar, 2025 - 14:38 • Liliana Monteiro

Ministério de Nuno Melo diz que falta de ação dos socialistas mostra fracasso no que toca à Defesa Nacional e lembra que, mesmo sem fundos, aposta nesta altura em contactos para instalação de fábrica bélica no nosso país.

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O desperdício de fundos que poderiam ter sido utilizados na construção de fábricas de munições em Portugal revela “um enorme fracasso do Partido Socialista no governo no que toca à Defesa Nacional”.

O Ministério da Defesa (MD) reage desta forma ao facto do nosso país ter ficado de fora de um programa de 513 milhões de euros em financiamento para produção de munições.

Em resposta enviada à Renascença, o Ministério liderado por Nuno Melo diz que “o PS na oposição acusa o governo da AD de não ter feito em dois meses - tempo impossível para planear qualquer fábrica de munições - o que o PS não fez em 1 ano, quando teve o tempo e todas as possibilidades para o concretizar”.

E explica que “em março de 2023 a Comissão Europeia atribuiu 513 milhões de euros ao programa Act in Support of Ammunition Production. As candidaturas dos países teriam de ser apresentadas até julho de 2024”.

O atual governo da AD tomou posse a dois de abril de 2024, “com os primeiros 30 a 60 dias a formar os gabinetes e a receber e estudar as pastas de transição, de onde não constava um único projeto, em estudo sequer que fosse, para a concretização de uma fábrica de munições”, revela o MD.

No esclarecimento enviado à RR reforça que “existem atualmente conversações em curso com potenciais investidores, a par dos necessários estudos de mercado, com vista à avaliação da viabilidade económica e financeira de pelo menos uma fábrica de munições em Portugal”, tal como Nuno Melo já tinha dito no Parlamento num “modelo de parceria público-privada”.

Segundo avança hoje o DN, que teve acesso a um estudo da unidade técnica de apoio orçamental (UTAO) que mostra que o investimento público feito na área da defesa registou o nível de execução mais elevado tendo conseguido gastar, no ano passado, 99,6% do total de verbas previstas no orçamento de estado para 2024.

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