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Guerra na Ucrânia

Em Lisboa, ucranianos protestaram contra fim do apoio americano a Kiev

07 mar, 2025 - 23:38 • Lusa

Mais de 60 manifestantes reuniram-se em frente à embaixada norte-americana em Lisboa contra a decisão de Donald Trump de suspender o apoio militar à Ucrânia.

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Mais de 60 manifestantes reuniram-se hoje em frente à Embaixada norte-americana em Lisboa em protesto contra a decisão da administração do Presidente Donald Trump de suspender o apoio militar a Kiev.

A comunidade ucraniana em Portugal reuniu-se num protesto, que começou pelas 19h30 e que terminou às 20:30, contra as posições da administração Trump.

"Propaganda russa mata", "Fascismo tornou-se "russismo"", eram o que diziam alguns dos cartazes empunhados pelos manifestantes que reclamam da postura diplomática da administração Trump.

"Vai a Rússia parar de matar ucranianos se começarmos a usar fatos?", questionava ironicamente um dos cartazes, fazendo uma referência aos comentários que Trump fez à chegada do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca da maneira como estava vestido.

"Ele estava muito elegante hoje", comentou Trump à chegada de Zelensky.

Mais tarde, na presença dos jornalistas, Zelensky foi questionado por um apoiante de Trump sobre se possuía ou não fatos, ao que o Presidente ucraniano respondeu que usaria um quando a guerra terminasse.

"Parece que Donald Trump resolveu condenar a vítima e não o agressor", lamentou, em declarações à agência Lusa, Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, que organizou o protesto.

Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira a suspensão do apoio militar à Ucrânia contra a invasão russa, após um confronto público de Trump com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana passada na Casa Branca, a que se seguiu a retirada da partilha de dados dos serviços de informações de Washington com Kiev.

Além da súbita viragem da política de Washington desde a posse em janeiro do líder republicano, que em campanha prometera terminar rapidamente o conflito iniciado pelo Kremlin há mais de três anos, Pavlo Sadokha criticou também que não se veja Trump "a pressionar da mesma maneira a Rússia" e o seu Presidente, Vladimir Putin, em comparação com o que faz com os ucranianos.

A Ucrânia e os Estados Unidos concordaram na quarta-feira reatar as negociações "num futuro próximo" sobre uma solução para o conflito, o que envolverá um entendimento entre as partes sobre o acesso dos norte-americanos a recursos minerais em território ucraniano.

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