12 mar, 2025 - 13:53 • Ana Fernandes Silva
Os líderes dos principais bancos nacionais não escondem o descontentamento com a classe política depois da queda do Governo.
Na conferência do Fórum Banca, organizada pelo Jornal Económico, esta quarta-feira, o presidente executivo do banco BPI confessa "um nível de desilusão tão grande" que "dá quase vontade de baixar os braços".
João Pedro Oliveira e Costa questiona se os portugueses são ouvidos nestas alturas. "Questiono-me se vale a pena votar, se vale a pena intervir, se alguém nos ouve", expõe.
João Pedro Oliveira e Costa considera que Portugal não tem sido a principal prioridade dos responsáveis políticos. "Eu acho que é uma questão de respeito. Havia uma palavra que eu acho que faltou durante o dia todo desta terça-feira, e tem faltado nos últimos 15 dias, que é Portugal", adverte.
Já o presidente executivo do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, salienta que é preciso "ter um Governo estável" para que o país consiga cumprir, por exemplo, a execução do PRR.
"Temos de conseguir fazer deste país algo de melhor. Quando olhamos para a atração de investimento estrangeiro, execução do PRR, representação em fóruns internacionais ou europeus, naturalmente ter um governo estável faz a maior diferença", considera.
"Prefiro ver as coisas pela outra perspetiva, que é a democracia a funcionar, os portugueses vão ter a oportunidade de votar e decidir. A economia, felizmente, vai assegurar que o país", defende.