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Inquérito a caso de alegada negligência médica no Hospital de Vila Real

12 mar, 2025 - 16:18 • Ricardo Vieira, com Lusa

Doente considera que, na urgência hospitalar, não foi "acompanhado como devia ser", nem foi "atendido como devia ser" e que deveria ter sido logo encaminhado para a Via Verde do AVC.

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Uma queixa de alegada negligência médica, de um doente com um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Hospital de Vila Real, desencadeou uma investigação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

O caso remonta a 14 de outubro de 2024, de acordo com um comunicado enviado à Renascença esta quarta-feira pela ERS.

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Em causa está a “assistência prestada a um utente na ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro”, indica a Entidade Reguladora da Saúde.

Nuno Gomes, de 45 anos, queixa-se de uma alegada negligência médica e demora no diagnóstico por parte do Hospital de Vila Real, integrado na Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD).

Na segunda-feira, o doente que reside em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, formalizou uma queixa na GNR contra o médico que o assistiu na urgência do Hospital de Vila Real e também apresentou uma queixa junto da ULSTMAD.

A AULS garante que "foram cumpridas as boas práticas médicas no atendimento e na prestação de cuidados de saúde ao utente", confirmou ter recebido a reclamação, à qual disse que será dado o devido seguidamente e que, depois, será dada resposta ao doente.

Após o AVC, do qual disse ter ficado com "sequelas graves e visíveis no corpo", Nuno Gomes esteve internado 11 dias, esteve depois numa unidade de cuidados continuados, teve fisioterapia e terapia da fala.

No entanto, o doente considerou que, na urgência hospitalar, não foi "acompanhado como devia ser", nem foi "atendido como devia ser" e que deveria ter sido logo encaminhado para a Via Verde do AVC.

"Tive um AVC e o médico que me assistiu nunca associou que fosse um AVC, mas que eu estava sob o efeito de substâncias ilícitas. Isso foi dito à minha esposa que me estava acompanhar e, por isso, decidimos fazer uma queixa contra o médico", explicou. .

Devido às sequelas, Nuno Gomes, que trabalhava numa oficina de lavagem de automóveis, ainda não pode regressar ao trabalho.

Apesar de a situação já ter acontecido em outubro, o doente disse que resolveu denunciar agora esta alegada negligência para que não se voltem a repetir casos idênticos, mostrando-se ainda revoltado por ter tido alta, na semana passada, das sessões de fisioterapia.

"Para me darem alta é porque consideram que eu nunca mais na vida vou ficar a 100% e eu acho que tinham que se esforçar para deixar uma pessoa em condições", referiu.

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