13 mar, 2025 - 19:23 • Lusa
O presidente executivo (CEO) da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, admitiu a venda do edifício do grupo em Paço de Arcos, fazendo um encaixe financeiro para reduzir o endivididamento bancário e um arrendamento subsequente. Ainda assim, o gestor garante que os principais ativos do grupo "não estão à venda" depois dos resultados negativos registados no ano passado.
Em 2024, a Impresa registou prejuízos de 66,2 milhões de euros devido a imparidades e provisões, depois de no anterior ter registado um resultado negativo de 2 milhões de euros, divulgou esta quinta-feira a dona da SIC e do Expresso.
Além do plano de redução de custos, que prevê um corte de 16 milhões de euros até 2028, "estamos a avaliar a possibilidade de vender o nosso edifício e fazer um encaixe financeiro", confirmou o gestor.
"Ficamos lá [no edifício]. Fazemos um contrato de venda e depois arrendamento subsequente", admitiu Francisco Pedro Balsemão, quando questionado sobre o tema, ressalvando, no entanto, que "os principais ativos da empresa não estão à venda".
O facto "de nós querermos fazer esta venda do edifício poderá também permitir que nós possamos também otimizar o espaço do edifício e podemos também pedir para sermos nós a subarrendar e temos aqui uma fonte extra de receitas", concluiu Francisco Pedro Balsemão.
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"É importante dizer que temos que ter um encaixe financeiro para continuarmos aquilo que temos feito até agora, que é reduzir o endividamento bancário", prosseguiu o CEO da dona da SIC e do Express, entre outros.
Outro acréscimo de receitas poderá vir de um aumento do valor pago pela TDT. O presidente executivo da Impresa considerou que o atual "preço é injusto, tendo em conta o retorno da TDT". "Achamos que deve ser revisto", defendeu.
No final de 2024, a dívida remunerada líquida registada foi de 130,9 milhões de euros.
"Não obstante os esforços de controlo e redução do endividamento da Impresa desde 2008, este indicador registou um acréscimo de 13,3% relativamente ao final de 2023", refere a Impresa, em comunicado.
As receitas consolidadas registaram um acréscimo de 0,2%, para 182,3 milhões de euros no ano passado e os custos operacionais, sem considerar amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade em ativos não correntes, diminuíram pelo segundo ano consecutivo para 163,8 milhões de euros, menos 1,6% face ao valor registado em 2023.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) somou 18,4 milhões de euros (+19,5% homólogos) e o EBITDA recorrente, ajustado dos custos de reestruturação e de indemnizações pagas e recebidas, foi de 15,6 milhões de euros (-16,9% homólogos).