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PJ detém em Valpaços casal por tráfico de pessoas, escravidão e crime de violação

13 mar, 2025 - 12:37 • Olímpia Mairos

Segundo a PJ, a vítima foi “maltratada física e psicologicamente, foi forçada a viver de forma degradante" e forçada "à prática de relações sexuais".

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A Polícia Judiciária (PJ) deteve, em Valpaços, um casal, suspeito da prática dos crimes de “tráfico de pessoas, escravidão, violação e ofensas à integridade física qualificadas, que vitimaram uma mulher de 47 anos.

Em comunicado, a PJ esclarece que as diligências efetuadas permitiram recolher “fortes indícios que demonstram que os suspeitos, em meados de 2022, colocaram em prática um plano previamente engendrado, através do qual exploraram a vítima como instrumento de trabalho, subjugando-a à sua vontade e interesses, privando-a de toda e qualquer liberdade de movimentos, de decisão e de ação”.

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Segundo a polícia de investigação criminal, durante cerca de um ano e meio, a vítima foi sujeita “a condições desumanas, sendo sobrecarregada com trabalhos excessivos e pesados, na área da agricultura e pecuária, que era obrigada a realizar ‘de sol a sol’, inclusive aos fins de semana e feriados, sem que lhe fosse prestada qualquer compensação monetária”.

Maltratada física e psicologicamente, foi forçada a viver de forma degradante, sem o mínimo de condições de habitabilidade, higiene, saúde física e psíquica e de privacidade, não lhe sendo provida alimentação suficiente e de qualidade, passando fome em múltiplas ocasiões”, lê-se.

A nota acrescenta ainda que a vítima foi em três momentos distintos, constrangida pelo homem, através da força física e de ameaças, à prática de relações sexuais não consentidas e sem qualquer tipo de proteção”.

De acordo com a PJ, “os atos criminosos apenas cessaram no momento em que a vítima conseguiu, pela primeira vez, estar sozinha perante entidades de saúde públicas, que denunciaram” o caso.

Os detidos, com 49 e 47 anos de idade, foram presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e ficaram sujeitos a medidas de coação não restritivas da liberdade.

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