Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Federação Nacional dos Médicos prolonga greve ao trabalho extra nos centros de saúde

16 mar, 2025 - 23:53 • Lusa

Segundo a Fnam, o objetivo da greve é "impedir a banalização do trabalho suplementar nos CSP".

A+ / A-

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) anunciou este domingo que entregou um pré-aviso de greve a prolongar a paralisação ao trabalho suplementar nos centros de saúde até 11 de maio.

"A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, deixa os cuidados de saúde primários (CSP) sem ter iniciado a contratualização na maioria das Unidades Locais de Saúde para 2025 [as 39 ULS do país gerem hospitais e centros de saúde]. A Federação Nacional dos Médicos é, assim, empurrada a prorrogar a greve ao trabalho suplementar nos CSP até 11 de maio", justificou a Fnam em comunicado.

Esta greve ao trabalho suplementar teve início a 1 de janeiro deste ano.

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

Os médicos abrangidos pelo aviso de greve "paralisarão a sua atividade profissional entre as 00h00 do dia 1 de abril e as 24 horas do dia 11 de maio de 2025. [...] Esta greve abrange todos os médicos dos CSP, sindicalizados ou não, mesmo que não tenham atingido o limite anual legal do trabalho suplementar de 150 horas", especificou.

O objetivo da greve é "impedir a banalização do trabalho suplementar nos CSP", salientou a federação, referindo que exige o início do processo de contratualização dos cuidados de saúde primários nas Unidades Locais de Saúde para 2025.

"É através deste processo que se melhora o acesso dos utentes aos CSP com consultas presenciais, reforço da vigilância de doentes crónicos, resposta à doença aguda, garantia dos programas de vacinação, de rastreio, de diagnóstico precoce, da saúde materno-infantil, planeamento familiar e dos adultos", advertiu a estrutura liderada por Joana Bordalo e Sá.

Referindo-se ao anúncio do Governo de iniciar o processo de passagem a Parceria Público-Privada (PPP) de cinco hospitais, que segundo noticiou o Expresso irá transferir 174 centros para a gestão privada, a Fnam disse que o executivo "não aplicou qualquer medida que reforçasse os CSP com mais profissionais, à semelhança do resto do SNS, deixando-os com equipas desfalcadas e a trabalhar no limite da exaustão".

O Governo aprovou a 07 de março o lançamento do processo para PPP nos hospitais de Braga, Vila Franca de Xira, Loures, Amadora-Sintra e Garcia de Orta (Almada-Seixal).

Recordando que há mais de 1,6 milhões de utentes sem médico de família, a Fnam exigiu ainda "ao próximo Ministério da Saúde uma negociação séria e competente para reverter a situação".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+