17 mar, 2025 - 11:40 • João Malheiro
José Sócrates começa a ser julgado a 3 de julho, no âmbito da Operação Marquês. A decisão foi conhecida esta segunda-feira.
O julgamento vai realizar-se no Campus da Justiça. No entanto, o julgamento será interrompido a 15 de julho, devido a férias judiciais.
O antigo primeiro-ministro e o seu advogado não compareceram em tribunal, por não reconhecerem legitimidade.
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Em declarações à SIC Notícias, o antigo primeiro-ministro explica porque razão não estiveram presentes. "Não quero, nem eu nem o meu advogado, legitimar uma ação que consideramos completamente ilegal. Não pode haver julgamento sem uma acusação ou uma pronúncia e não houve nem uma, nem outra", afirmou José Sócrates.
Sócrates revelou ainda que vai recorrer da decisão.
José Sócrates, antigo primeiro-ministro e principal arguido no caso, foi acusado pelo Ministério Público (MP), em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o antigo governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.
Em janeiro de 2024 uma decisão da Relação recuperou quase na totalidade a acusação do MP na Operação Marquês e determinou a ida a julgamento de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, que remeteu para julgamento apenas José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.
Nessa decisão, foi ainda determinado levar a julgamento por dois crimes de branqueamento José Paulo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates.
[notícia atualizada às 15h59]