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Barcos, carros e armas de fogo apreendidos em operação da GNR em Sesimbra e Almada

19 mar, 2025 - 08:54 • Olímpia Mairos , com Lusa

Na operação, com o nome "Dignitas", foram identificados 16 migrantes, com idades entre os 22 e os 69 anos, vítimas de auxílio à imigração ilegal, angariação de mão-de-obra ilegal e de utilização da atividade de cidadão estrangeiro em situação ilegal.

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Oito embarcações, 15 veículos, cinco armas e fogo e centenas de munições foram apreendidos na terça-feira na operação de combate à angariação e exploração de mão-de-obra estrangeira em Almada e Sesimbra, que resultou em três detenções.

Em comunicado, a GNR explica que na operação, com o nome "Dignitas" e que decorreu na terça-feira, foram identificados 16 migrantes, com idades entre os 22 e os 69 anos, vítimas de auxílio à imigração ilegal, angariação de mão-de-obra ilegal e de utilização da atividade de cidadão estrangeiro em situação ilegal.

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Os homens tinham vínculo laboral às empresas investigadas no processo e estavam alojados nos armazéns de apresto do Porto de Sesimbra, sem as condições mínimas de habitabilidade, salubridade, higiene e segurança.

De acordo com a GNR, as vítimas encontravam-se em "condições de trabalho precárias, sem formação adequada e sem a necessária certificação para desenvolver a atividade laboral a bordo de embarcações de pesca profissional, sendo esta considerada profissão de elevado risco".

"Com a colaboração com diversas entidades, nomeadamente a Segurança Social, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV), foi possível garantir alojamento temporário a todas as vítimas identificadas, tendo sido possível, desta forma, garantir a dignidade e segurança dos mesmos", informa a GNR, em comunicado enviado à Renascença.

A operação resultou ainda na apreensão de 200 doses de haxixe, 900 euros em numerário, diversos equipamentos eletrónicos - computadores, telemóveis e dispositivos de armazenamento de dados, documentação relativa à angariação, recrutamento e contratação de imigrantes para a pesca, bem como à atividade e contabilidade das empresas alvo deste inquérito, que é tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Évora e investiga os crimes de angariação de mão-de-obra ilegal, falsificação de documentos, fraude fiscal, corrupção ativa e passiva e falsidade informática.

As autoridades fizeram 41 buscas, das quais seis domiciliárias e 35 não domiciliárias, em quatro empresas, seis armazéns comerciais, quatro armazéns de apresto, um estabelecimento comercial, dois escritórios de contabilidade, várias embarcações de pesca e veículos.

A operação envolveu um total de 148 militares e contou com o apoio de diversas unidades da GNR, da Autoridade Tributária (AT), da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e de equipas multidisciplinares especializadas para a assistência a vítimas de tráfico de seres humanos da Associação para o Planeamento da Família (APF).

Os três detidos deverão ser presentes esta quarta-feira às autoridades para primeiro interrogatório judicial.

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