19 mar, 2025 - 06:30 • Fátima Casanova
O movimento Missão Escola Pública (MEP) alerta para a situação preocupante no ensino especial. Face ao atual cenário, o movimento divulga uma minuta de escusa de responsabilidade para os professores e vai lançar um inquérito.
Em declarações à Renascença, Cristina Mota, do MEP, diz que faltam recursos e há um “número significativo de unidades com alunos a mais” no ensino especial.
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Do terreno surgem “relatos cada vez mais graves”, nomeadamente de docentes “agredidos por alunos”.
“Os decisores políticos não têm uma noção real do que está a acontecer nas escolas”, afirma Cristina Mota.
Professores do Monte da Caparica pedem escusa de r(...)
De acordo com a dirigente do MEP, os professores “querem entregar escusas de responsabilidade” e vários profissionais estão de baixa médica “devido a desgaste associado”.
"Face à inoperância dos políticos e por considerarmos que a força da união transforma os esforços individuais em conquistas coletivas, julgamos que, se todos os agrupamentos se unirem numa ação conjunta que espelhe a realidade do país e as condições a que alunos, professores e assistentes operacionais estão sujeitos, todos os dias, talvez seja possível contribuir para a alteração deste cenário", acrescenta um comunicado do movimento.
A Missão Escola Pública vai lançar, no final da próxima semana, um inquérito para poder ter dados relativamente ao número de professores do ensino especial que vão pedir escusa de responsabilidades.
No agrupamento de escolas de Monte da Caparica, em Almada, todos os professores de educação especial pediram escusa de responsabilidade à direção. Dizem que não há condições para garantir acompanhamento necessário junto de alunos com necessidades específicas.
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