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Barómetro

​Empresários da ACEGE dizem que eleições antecipadas prejudicam economia

21 mar, 2025 - 13:01 • Sandra Afonso

Barómetro de fevereiro da Associação de Empresários e Gestores Cristãos revela que os inquiridos temem o impacto da queda do governo na economia. Nos negócios, a esmagadora maioria dos inquiridos apoia a privatização da maioria do capital da TAP.

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Na semana que ditou a queda do governo, com o chumbo da moção de confiança apresentada pelo executivo da AD no parlamento, a Associação Cristã de Empresários e Gestores questionou os associados sobre o impacto de novas legislativas na economia. A maioria dos inquiridos mostra-se pessimista.

É uma das conclusões do barómetro de fevereiro da Associação Cristã de Empresários e Gestores, uma parceria com a Renascença e Eco.

Quase 70% dos inquiridos acredita que a atual crise política e novas eleições legislativas prejudicam a economia, contra 27% que rejeita efeitos negativos, em linha com o que já defendeu o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e o Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Ainda assim, quase metade, 49%, admite que o PRR está agora melhor, depois da reprogramação. Um argumento que tem sido utilizado pelo governo para afastar atrasos na execução, decorrentes da queda do governo.

Mais de metade, 55%, rejeita uma redução da taxa contributiva global do sistema previdencial (conhecida por TSU), se isso implicar cortes nos apoios sociais ou a diminuição das pensões, como alerta o antigo ministro José Vieira da Silva.

A questão não se coloca agora, com o governo em gestão, mas continuam em funções o grupo de trabalho nomeado para avaliar a reforma da legislação laboral e o grupo de trabalho que analisa a sustentabilidade do sistema de Segurança Social. Os dois deverão apresentar propostas já ao próximo governo, que podem incluir alterações fiscais.

Nos negócios, a grande maioria dos associados da ACEGE inquiridos, mais de 91%, defende a privatização da maioria do capital da TAP, outra medida que ficou adiada para a próxima legislatura.

Quase 51% defende que o Banco Central Europeu deve fazer agora uma paragem nos cortes e manter os juros inalterados. No início de março o BCE voltou a cortar as principais taxas diretoras, pela sexta vez desde o início da crise inflacionista. A taxa de juro de depósitos passou de 2,75% para 2,5%.

O Barómetro é uma iniciativa mensal da Associação Cristã de Empresários e Gestores, em colaboração com a Renascença o jornal Eco e a Netsonda. O objetivo é saber a opinião dos associados da ACEGE sobre temas da atualidade, não é uma sondagem de opinião.

O Barómetro de fevereiro foi enviado a 1.094 associados da ACEGE pela Netsonda, 104 pessoas responderam entre os dias 10 e 16 de Março.

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