21 mar, 2025 - 13:54 • Filipa Ribeiro , Marta Pedreira Mixão
A menos de dois meses das eleições legislativas antecipadas, marcadas para 18 de maio, um dia depois do congresso nacional da Fenprof, a estrutura sindical vai pedir reuniões aos partidos para partilhar as suas prioridades para o próximo executivo.
Em conferência de imprensa, na Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, Mário Nogueira afirma que os professores querem conhecer os objetivos dos partidos e construir compromissos com quem venha a formar Governo.
"Vamos pedir aos partidos reuniões e promover outras iniciativas para esclarecimento dos professores e para também para conseguirmos que os partidos assumam compromissos. Vamos promover, em princípio, no dia 29 de abril, um debate online para o qual convidaremos os partidos a participar e tentar compromissos que depois, a seguir às eleições, quem for governo, nós possamos ir exigir o cumprimento desses compromissos", refere.
No ano passado, os concursos para a colocação de professores foram lançados em abril, data que o ministro da Educação considerou tardia, tendo prometido que para o próximo ano letivo seria "preparado com muito mais antecedência".
Contudo, os concursos para 2025/2026 ainda não foram lançados e o secretário-geral da Fenprof defendeu que se trata de uma tarefa urgente e "impossível de ser adiada".
Professores
Mário Nogueira insiste na valorização da carreira (...)
O secretário-geral da Fenprof exige ainda ao atual Governo que avance com o concurso para professores antes das eleições e defende que sem a valorização da profissão, através da revisão do Estatuto da Carreira Docente, será difícil combater a falta de professores.
As negociações deveriam arrancar em breve, mas ficaram suspensas com a queda do Governo. Mário Nogueira espera que quando o processo for retomado, já com uma nova equipa ministerial, a discussão vise a estrutura da carreira, índices remuneratórios e a transição entre carreiras.
"É urgente que aconteça e rapidamente", apelou Mário Nogueira.
O dirigente sindical sublinhou também a necessidade de concluir a organização do próximo ano letivo, aproveitando para "corrigir os problemas que têm existido com os horários dos professores".
Mário Nogueira que confirmou ainda que, 18 anos depois, vai deixar o cargo.
"Não ia dizer que não, a uma coisa que já é mais que pública. Não tem problema nenhum, é o momento próprio de sair. Também tenho direito ao descanso".
A Fenprof, que esteve reunida esta manhã em Lisboa, elege nova direcção em congresso nos dia 16 e 17 de maio.