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Governo de gestão ainda pode "resolver problemas dos polícias", diz sindicato

24 mar, 2025 - 06:00 • Liliana Monteiro

ASPP, APG acreditam que ainda há margem para reuniões que resultem em mudanças exigidas. Já SPP considera que qualquer encontro será propaganda.

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A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) é esta segunda-feira recebida, pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

O pedido partiu da estrutura sindical e o seu presidente, Paulo Santos, arguenta que, mesmo com um Governo em gestão, ainda muito poderá fazer-se.

"Há condições, ainda, para dar passos positivos na resolução de problemas que se apresentam, estávamos a meio de um processo negocial com o Governo, sabemos que a PSP não tem condições de atratividade, bloqueou-se a pré-aposentação, não há efetivos suficientes”, afirma Paulo Santos, em declarações à Renascença.

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“Há que haver espaço e responsabilidade política para que num governo de gestão ainda se possam dar alguns passos", afirma o presidente do ASPP, avaliando o que tem sido feito em conselho de ministros e noutros setores.

Paulo Santos dá mesmo exemplos do que ainda pode ser feito pela ministra. Admito até que o Governo em gestão possa resolver a portaria da avaliação, deixando sinal claro da necessidade de dar respostas depois às matérias pendentes. Há espaço para resolver várias matérias, o acordo de junho foi apenas parcialmente resolvido."

Também César Nogueira, da Associação Profissional da Guarda (APG), diz que a ministra ainda pode ajudar a resolver problemas: "Faz todo o sentido, há questões que se resolvem sem impacto financeiro, por exemplo a alteração ao estatuto remuneratório e também a progressão na carreira e a alteração da portaria dos serviços remunerados."

César Nogueira considera que “haja vontade política e parte do que ficou no acordo fica resolvido e não traz impacto financeiro".

Já Paulo Macedo, do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), tem um entendimento diferente sobre a utilidade de encontros nesta altura com um Governo em gestão. Teme que qualquer reunião sirva agora mais o propósito político do que dos polícias.

"Agora, neste momento, as reuniões servem mais para campanha do que para resolver os problemas da Polícia, que continua a não ter candidatos, tem problemas de carreira e remunerações."

Macedo considera que pouco ou nada foi feito e agora “não há tempo”. Diz que o Governo “andou meses e anos a tentar arrastar problemas e agora fica sem tempo para os resolver e eles adensam-se”.

De olhos postos no futuro Governo, Paulo Macedo espera que explique o que quer das forças de segurança.

"O Governo tem de saber o que quer da Polícia, se não quer que se use arma então tem de pensar de outra forma, se não quer que defenda as pessoas tem de dizer. Os polícias na sua boa fé fazem o melhor para defender os cidadãos e depois acabam prejudicados na carreira e vida familiar", remata o dirigente do SPP.

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