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Europa quer ter plano de combate à pobreza em janeiro de 2026

28 mar, 2025 - 13:34 • Isabel Pacheco , Olímpia Mairos

A ideia é criar um programa que dê resposta às diferentes dimensões do flagelo da pobreza.

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A Europa prepara-se para definir uma estratégia comum de combate à pobreza. O plano quer dar resposta aos mais de 90 milhões de pessoas em situação de pobreza na Europa e deverá estar concluído em menos de um ano, ou seja, em janeiro de 2026.

A meta foi revelada pela diretora da Rede Europeia Anti Pobreza, Juliana Wahlgren, no decorrer da cimeira que acontece Porto.

A responsável fala de um plano urgente numa Europa cada vez mais pobre, adiantando que a “ideia é criar um programa que dê resposta às diferentes dimensões do flagelo da pobreza”.

“O que gostaríamos é que essa estratégia europeia fosse a estratégia guarda-chuva, que colocasse por baixo dela todas as outras formas de luta contra a pobreza”, revela Juliana Wahlgren, assinalando que “é muito importante que essa estratégia também traga linhas diretivas para planos nacionais de luta contra a pobreza”.

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De acordo com a responsável, “a habitação e a pobreza infantil estão entre as principais preocupações”.

“A habitação, a questão da pobreza infantil, precariedade digital, moradia, envelhecimento, pensões, privatização das pensões. Então, tudo isso vem dentro dessa estratégia europeia”, especifica.

Segundo a diretora da Rede Europeia Anti Pobreza, a Europa está a “ficar cada vez mais pobre, nós temos mais de 92 milhões de pessoas em situação de pobreza. É 22% da população europeia, é muita coisa”.

Cabe a Joao Oliveira o papel de relator do Parlamento Europeu para a esta estratégia. O deputado mostra-se otimista num ponto de partida comum nas diferentes vozes da europa.

“Parece-nos que a preocupação não deve ser tanto a de criar soluções a régua e esquadro que sirvam para toda a gente, porque é muito difícil garantir eficácia soluções dessa natureza. É preciso apontar para objetivos comuns da erradicação da pobreza e, portanto, identificando esses grandes objetivos do ponto de vista político, permitir depois a cada Estado membro, a cada região encontrar os mecanismos adequados à sua própria realidade”, aponta.

O deputado europeu avisa, no entanto, que tudo vai depender da vontade política.

Se não se encontrar a vontade política para dar resposta a um problema tão grave e de uma dimensão tão significativa como é o problema da pobreza, convenhamos que estamos muito mal encaminhados”, avisa, lembrando que “a prioridade tem sido dada a questões como, por exemplo, a da corrida aos armamentos e a do militarismo”.

“Convenhamos que haver vontade política para correr atrás das armas e do militarismo e não haver vontade política para combater a pobreza seria um péssimo sinal que era dado aos cidadãos da União Europeia”, remata.

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