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Montenegro. Arritmia cardíaca "não mata", mas "dá sintomas muito desagradáveis", diz cardiologista

29 mar, 2025 - 01:12 • Marisa Gonçalves

Luís Montenegro vai descansar durante o fim de semana, depois de ter precisado de cuidados hospitalares. Stress e hipertensão estão entre os fatores que potenciam uma arritmia cardíaca.

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O Primeiro-ministro, Luís Montenegro, esteve internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, esta sexta-feira devido a uma arritmia cardíaca. O chefe do Governo deu entrada pelas 13h00 e teve alta pouco depois das 20h00.

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À saída declarou aos jornalistas: "Está tudo bem, foi um episódio de arritmia cardíaca, uma questão que me aflige de quando em vez, muito esporadicamente".

Dentro do carro em que deixou a unidade hospitalar acrescentou que vai descansar no fim de semana e retomar a agenda normal na próxima segunda-feira.

Montenegro teve agenda pública durante o período da manhã, em Lisboa, mas acabou por cancelar os compromissos que tinha previstos para a tarde em Alcobaça, sendo substituído pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

Um episódio de arritmia cardíaca pode ser motivado por questões ligadas a stress, hipertensão ou outros problemas cardíacos, mas em declarações à Renascença, o cardiologista Nuno Cardim diz que o stress é um dos principais fatores que pode provocar um batimento do coração irregular.

“Normalmente, o coração bate de uma maneira certa e regular, mas em algumas situações esta arritmia aparece. Quer dizer que os chefes de orquestra que normalmente comanda o ritmo cardíaco perde o controle e o coração bate duma maneira completamente desorganizada e muitas vezes rápida. Não mata, mas pode ser muito sintomática porque ter o coração a bater a uma velocidade muito rápida não é nada confortável e dá sintomas muito desagradáveis. Tem que ser tratada”, afirma.

Nuno Cardim refere também as possibilidades de tratamento.

“O tratamento consiste, de uma maneira geral, numa fase aguda, em fármacos ou, quando os fármacos não funcionam, tem que se fazer um tratamento que se chama cardioversão elétrica. É um pequeno choque elétrico aplicado que faz o coração voltar ao ritmo cardíaco normal e depois, a longo prazo, há um tratamento que é em princípio curativo, que se chama ablação. É um tratamento. invasivo que se faz, não em fase aguda, mas quando os doentes são muito sintomáticos e têm muito episódios destes. Estamos habituados a falar em cateterismo para as artérias coronárias, aqui não, trata-se de cateterismo para os fios elétricos do coração, para tentar acabar de vez com a arritmia”, esclarece.

Luís Montenegro irá agora descansar estes dois dias.

Comentários
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  • EU
    29 mar, 2025 PORTUGAL 13:01
    Senhor Primeiro Ministro, não tenha medo. Tenha é cuidado. É falado em cateterismo, eu já fiz 5, uma angioplastia sem sucesso e o Professor Manuel Antunes pôs-me NOVO. Evite grande BARULHEIRA ou ALGAZARRA e verá que está para DURAR. As Suas melhoras.
  • Sara
    29 mar, 2025 Lisboa 08:10
    Importantíssima noticia!!

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