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Moradores da 5 de outubro reúnem-se em defesa dos jacarandás

30 mar, 2025 - 18:47 • Ana Catarina André

O protesto contou com a presença dos líderes do Livre e PAN. Ambos pediram que a autarquia recue no abate das árvores. Câmara de Lisboa agendou uma sessão pública de esclarecimento para a próxima quarta-feira, 2 de abril, no Fórum Lisboa.

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Mais de três dezenas de moradores reuniram-se este domingo à tarde, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, numa ação de protesto contra o abate de jacarandás naquele local.

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“Tem havido informação discrepante sobre este tema. Queremos informação rigorosa, diálogo democrático e isso não tem acontecido”, lamenta Pedro Franco, habitante na zona que foi, também, o primeiro signatário da petição pública contra a remoção das árvores que conta já com mais de 53 mil assinaturas.

“Queremos construir em conjunto. É essa a principal mensagem que quero passar”, diz, sublinhando que os moradores pedem à Câmara Municipal mais esclarecimentos sobre o projeto de construção do parque de estacionamento que, segundo a autarquia, vai levar ao abate de 25 jacarandás, ao transplante de outros 20, juntamente com dois plátanos.

O protesto contou com a presença dos líderes do Livre e do PAN que pedem que o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, recue neste processo.

"Creio que a Câmara Municipal vai recuar porque Carlos Moedas está a perceber que esta é uma causa impopular, e se há coisa que faz Carlos Moedas mudar de opinião é quando vê que alguma coisa é impopular", disse Rui Tavares, que recordou que na década de 1990 houve um processo semelhante na Avenida Conde Valbom e a autarquia “fez o estacionamento de outra maneira que não pôs em causa as árvores”.

O dirigente considera que o que está em causa é “um crime até contra a história e contra a essência da cidade de Lisboa”.

Já Inês Sousa Real, do PAN, defendeu que por mais jacarandás que se plantem “estas não cumprem logo a função ecológica de árvores adultos”.

“Com a crise climática que vivemos, os golpes de calor a que estão sujeitas as cidades, os níveis de poluição e de ruído, não faz sentido estarmos a destruir espaços verdes”, disse aos jornalistas.

O grupo de moradores planeia reunir-se em breve com o grupo Fidelidade, o promotor privado do parque de estacionamento, e participar na sessão pública de esclarecimento, agendada para a próxima quarta-feira, 2 de abril, no Fórum Lisboa.

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