31 mar, 2025 - 13:31 • Paulo Leitão
Há sinais de descontentamento no dia em que termina prazo para as candidaturas aos apoios às populações afectadas pelos incêndios de setembro do ano passado. Em Nelas, no distrito de Viseu, a reportagem da Renascença encontrou produtores que criticam os valores previstos, afirmando que são inferiores aos definidos para os incêndios de 2017.
"Uma oliveira não custa o que eles pagaram", sustenta Esmeralda Guerra, produtora de azeite da aldeia de Vale de Medeiros. Os "apoios são muito fracos" em comparação com os que tinham sido transferidos há oito anos.
O Governo garantiu que a indemnização aos agricultores do Norte e Centro do país deverá estar concluída em maio.
Cindy Mendes, também lesada pelos fogos do ano passado, afirma que o processo de candidatura a apoios "foi fácil", apesar de "um bocadinho demorado", mas a maior queixa também prende-se com o volume dos apoios.
O executivo aprovou, a 16 de janeiro 2025, uma resolução que alargava o âmbito territorial para as medidas excecionais e apoios às populações afetadas pelos incêndios de setembro de 2024, prorrogando o prazo de apresentação de candidaturas até 31 de março.
Nas medidas e apoios são incluídas “todas as freguesias em que, durante a situação de calamidade, tenha sido identificada área ardida e que resultem da mais recente avaliação técnica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)”.