08 abr, 2025 - 06:00 • Fátima Casanova
A dor é grande, assim como o medo que o filho de oito anos venha a sofrer ainda mais na escola onde frequenta o 3.º ano do ensino básico.
Mesmo com receio de represálias, esta mãe não quer ficar em silêncio. Pede para não ser identificada, para poder denunciar a discriminação e os maus-tratos de que o seu filho foi vítima na escola, por quem menos esperava.
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O filho tem problemas de desenvolvimento, uma situação que o leva a ter terapias e uma professora para o apoiar no estudo, mas que lhe deixou marcas psicológicas e físicas.
Inquérito do Movimento para uma Inclusão Efetiva r(...)
Segundo relata esta mãe, a professora “agrediu-o com um quadro de 30 centímetros que lançou em direção à cabeça, porque ele não sabia as atividades pedidas”. Esta mesma docente, que dava o apoio ao estudo, também “o agredia verbalmente, chamando-o de burro, muitas vezes, e já lhe deu uma bofetada no rosto, provocando uma lesão na boca” da criança.
Na sequência desta agressão, o filho precisou de tratamento hospitalar e a mãe fez queixa na PSP. O caso foi levado à justiça e a professora “respondeu a um processo disciplinar no tribunal. Foi afastada por um período de tempo e pagou 600 euros a uma instituição”.
Pensando que o filho tinha ficado a salvo, a mãe não escondeu a revolta quando soube que a professora tinha regressado àquela escola do Algarve e que “sem meu conhecimento estava dando aulas para o meu filho”, relata.
Ficou preocupada. De imediato, esta mãe enviou uma mensagem ao professor titular da turma do 1.º ciclo, “para pedir o afastamento da professora" em relação ao seu filho, porque não tinha sido informada, nem tinha autorizado que a docente voltasse a dar os apoios à criança.
Para sua surpresa, o professor titular da turma respondeu “a dizer que está cansado e que está sem energia para resolver essas questões”.
A situação, entretanto, foi ultrapassada com o apoio da direção da escola e a professora foi afastada do aluno que agrediu.