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Greve paralisa produção da unidade de Pombal da Sumol+Compal

09 abr, 2025 - 13:12 • Lusa

Trabalhadores exigem melhores salários, valorização das categorias profissionais e negociação do contrato coletivo.

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A greve de trabalhadores da empresa Sumol+Compal, na unidade de Pombal, distrito de Leiria, paralisou por completo a produção, afirmou o secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.

Os colaboradores da Sumol+Compal da unidade de Pombal estão esta quarta-feira em greve para reivindicar melhores salários, valorização das categorias profissionais e negociação do contrato coletivo.

A paralisação teve início às 00h00 de hoje e estende-se até às 8h00 de sexta-feira.

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"A empresa apresentou 2024 como o melhor ano de sempre na faturação, com valores perto dos 400 milhões de euros. Aquilo que continua a aplicar aos trabalhadores a nível da valorização do seu trabalho, a nível de valorização dos salários, é um valor que não permite aos trabalhadores saírem da circunstância de dificuldade em que se encontram", declarou à agência Lusa o dirigente sindical.

Segundo Tiago Oliveira, a empresa avançou praticamente de forma unilateral com um aumento salarial de 50 euros, valor que, "perante um brutal aumento de custo de vida, perante todas as dificuldades sentidas no dia a dia", não vai conseguir "transformar a vida das pessoas".

"É óbvio que ajuda, mas aquilo que os trabalhadores procuram é serem valorizados e terem uma vida com perspetiva de futuro, uma vida diferente, e aquilo que a empresa lhes está a colocar à frente é a continuidade de uma política de baixos salários, a continuidade das dificuldades", vincou.

O trabalhador da Sumol+Compal Sérgio Macedo referiu que "é uma prática consistente da empresa não valorizar quem trabalha", com "aumentos salariais insuficientes" e que "não colmatam a inflação".

Referindo que colaboradores com mais responsabilidades recebem "quase o mesmo" que trabalhadores em cargos inferiores, considerou que os ordenados "estão com um achatamento".

Almerinda Santos, outra funcionária da Sumol+Compal presente na manifestação, classificou os salários praticados pela empresa como baixos, com aumentos insuficientes para arcar com os custos de vida, e considerou que há muito trabalho para poucas pessoas.

"Está a ser cada vez mais difícil para nós", referiu a colaboradora, que está na empresa há 29 anos, mencionando uma sobrecarga de trabalho.

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