Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Caso EDP

Tribunal da Relação confirma prisão para Manuel Pinho e Ricardo Salgado

11 abr, 2025 - 15:08 • Lusa

Manuel Pinho, de 70 anos, foi condenado por corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal; Ricardo Salgado, de 80 e diagnosticado com Alzheimer, por corrupção ativa e branqueamento de capitais.

A+ / A-

O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou esta sexta-feira a condenação a 10 anos de prisão do antigo ministro Manuel Pinho, por ter sido corrompido pelo ex-banqueiro Ricardo Salgado, punido com seis anos e três meses de cadeia.

Segundo o acórdão, a que a Lusa teve acesso, os juízes desembargadores mantiveram ainda a suspensão da pena de quatro anos e oito meses aplicada à mulher de Manuel Pinho, Alexandra Pinho.

Em causa está o alegado recebimento pelo antigo ministro da Economia (2005-2009) de cerca de 4,9 milhões de euros, incluindo uma mensalidade de cerca de 15 mil euros enquanto integrou o Governo, para favorecer os interesses do Banco Espírito Santo (BES).

Manuel Pinho, de 70 anos, foi condenado por corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal; Ricardo Salgado, de 80 e diagnosticado com Alzheimer, por corrupção ativa e branqueamento de capitais; e Alexandra Pinho, de 64, por branqueamento de capitais e fraude fiscal.

A condenação do Tribunal Central Criminal de Lisboa, agora confirmada "na íntegra", remonta a junho de 2024 e, a 25 de março de 2025, nas alegações finais do recurso interposto para o Tribunal da Relação de Lisboa, a defesa do ex-ministro tinha reiterado que este "é inocente do crime de corrupção".

Embora as decisões executivas sob suspeita neste processo não envolvam a EDP, o caso resultou da investigação às chamadas rendas excessivas da elétrica, cuja acusação foi deduzida em outubro de 2024 pelo Ministério Público, incluindo contra o ex-governante.

Manuel Pinho está em prisão domiciliária desde dezembro de 2021 e os restantes arguidos em liberdade.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João A. Lopes
    11 abr, 2025 Porto 15:44
    «Um Estado que não se regesse segundo a justiça, reduzir-se-ia a um bando de ladrões» Agostinho de Hipona (354-430).

Destaques V+