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AIMA confiante no sucesso da "via verde" para imigrantes, admite ajuste de meios

15 abr, 2025 - 16:46 • Redação, com Lusa

Pedro Portugal Gaspar diz que, se for necessário, haverá um ajuste nos meios e minimizou o impacto da falta de consulados em países emissores, como Nepal ou Bangladesh.

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O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) está confiante na “via verde” para imigrantes, que começou a funcionar esta terça-feira.

Pedro Portugal Gaspar diz que, se for necessário, haverá um ajuste nos meios e minimizou o impacto da falta de consulados em países emissores, como Nepal ou Bangladesh.

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“A rede consular foi reforçada na sua componente humana para dar resposta a esses pedidos. Há de haver calibragem e acertos à medida da implementação das medidas. Vamos ver a adesão à medida. A AIMA cumprirá a sua parte.”

“A AIMA não se pode pronunciar sobre a rede consular, mas não há um espaço vazio de cobertura diplomática. Poderá não ter [consulado] residente, mas há jurisdição que corresponde a essa matéria”, sublinha Pedro Portugal Gaspar.

O presidente da AIMA falava aos jornalistas na abertura do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), na associação nepalesa Nialp, no Martim Moniz, em Lisboa.

A “via verde” para imigrantes resulta de um acordo entre o Estado e associações patronais para a contratação, na origem, de quadros, em particular para setores carenciados, como a agricultura ou indústria.

Os serviços consulares comprometem-se a dar resposta no prazo de 20 dias aos pedidos de vistos de trabalho, no âmbito da "via verde" para a contratação de imigrantes pelas empresas portuguesas, de acordo com o protocolo assinado com as principais entidades patronais.

Esta medida permite a contratação direta no exterior pelas empresas, depois de o fim das manifestações de interesse (um recurso jurídico que permitia a regularização em território nacional de quem chegava com visto de turismo) ter sido decretado pelo Governo no verão passado.

“AIMA cumprirá a sua parte"

Quanto aos prazos apertados, o dirigente da AIMA preferiu não comentar antes de o processo estar em vigor.

“Quando se diz que os prazos podem demorar, está-se a comparar com outras situações e esta está a começar de raiz”, afirmou, prometendo que a “AIMA cumprirá a sua parte, é para isso que está preparada”.

No processo de reforço de quadros, “entre maio e junho está prevista a chegada de 49 assistentes técnicos” para a AIMA, acrescentou ainda.

Presente na cerimónia, Kamal Bhattarai, presidente da Nialp, voltou a lamentar a ausência de um consulado português no seu país.

Um consulado seria “muito importante, porque temos 50 mil pessoas a viver aqui e viajar do Nepal para a Índia é um processo muito complicado”, afirmou o dirigente da comunidade nepalesa em Portugal.

“É muito importante termos um consulado no Nepal, que é uma oportunidade importante para todos”, acrescentou.

Para a associação, a integração na rede CLAIM é “um passo muito importante”, porque assegura a “existência de respostas integradas” aos problemas dos imigrantes sul-asiáticos.

Por seu turno, Pedro Portugal Gaspar, destacou que esta é uma “rede muito importante que tem vários parceiros”, entre as quais “associações da sociedade civil que são fundamentais para o desafio que se coloca na plena realização da população migrante”.

Para o dirigente, “ultrapassada a pendência da regularização administrativa”, que tem sido a prioridade da AIMA, há o desafio da integração dos imigrantes.

Trata-se de um “novo mosaico, um novo contexto e uma nova composição da sociedade em que temos de saber dialogar”, concluiu.

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