15 abr, 2025 - 10:00 • Anabela Góis , João Malheiro
Os jovens estão a consumir menos álcool e drogas, mas estão a jogar mais e tomam mais analgésicos. São resultados do estudo feito pelo Instituto para os Comportamentos Aditivos e Dependências.
De forma global, são menos graves os comportamentos aditivos entre os alunos do ensino público, entre os 13 e os 18 anos, do que em 2019.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
Os comportamentos de maior risco – seja de consumo de álcool, tabaco ou drogas - estão confinados a uma minoria e são mais esporádicos do que frequentes. No entanto, os jovens têm consumido mais analgésicos fortes e têm jogado mais videojogos e a dinheiro.
Elsa Lavado, uma das autoras do estudo, refere, à Renascença que, apesar de haver menos a consumir álcool e drogas, os que o fazem, "fazem-no com maior gravidade". A cerveja é a bebida mais consumida, enquanto o vinho é o menos declarado.
No caso do tabaco, a redução do consumo também se verificou, mas aumentou o consumo de cigarros eletrónicos.
O jogo a dinheiro de forma problemática baixou cerca de 1%, mas aumentou no geral e, sobretudo, entre as raparigas. Os jovens que jogam (jogos eletrónicos) durante 4 ou mais horas diminuiu nos dias de escola, mas nos restantes aumentou.
Elsa Lavado alerta, ainda, para o consumo de analgésicos, especialmente predominante no caso das raparigas. "Sem receita, houve um aumento nos analgésicos fortes. No caso das raparigas, notou-se um aumento no uso de tranquilizantes", aponta.
Neste estudo, responderam 11.083 alunos de 1.992 escolas do ensino público localizadas em todas as regiões de Portugal Continental e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.